O comércio varejista do Amazonas teve o pior desempenho do país em março, com uma retração de –5,9% no volume de vendas, conforme dados divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira (15). O número contrasta com os bons resultados registrados nos dois primeiros meses do ano (3,7% em janeiro e 4,2% em fevereiro), sinalizando uma forte desaceleração na economia local. A queda no estado ficou bem abaixo da média nacional, que teve crescimento de 0,8% no mesmo período.
Na comparação com março de 2024, o Amazonas também apresentou recuo, com –1,6% no índice interanual, ocupando apenas a vigésima posição entre as 27 unidades da federação. Estados como Amapá (11%), Mato Grosso (7,7%) e Piauí (7,4%) lideraram o ranking, enquanto Rio de Janeiro, Bahia e Rio Grande do Norte registraram os piores resultados ao lado do Amazonas.
Apesar do desempenho negativo no mês, o comércio amazonense mantém algum fôlego no acumulado do ano, com crescimento de 2,9% até março, o que o coloca na 11ª posição nacional. Ainda assim, o ritmo está abaixo de estados como Amapá (11,6%) e Santa Catarina (6,3%), que lideram com folga. Esse cenário indica uma recuperação desigual entre as regiões do país.
Considerando os últimos 12 meses, o volume de vendas no Amazonas cresceu 4,5%, desempenho também suficiente apenas para a 11ª posição no ranking nacional. Estados do Norte e Nordeste, como Amapá (16,2%) e Paraíba (10,7%), continuam puxando os maiores crescimentos no acumulado anual, enquanto o Rio de Janeiro, novamente, aparece com queda.
No Varejo Ampliado — que inclui, além do varejo tradicional, vendas de veículos, material de construção e atacado alimentício — o Amazonas também teve resultado negativo em março, com queda de –1,7%, sendo o segundo pior resultado do país. Ainda assim, o estado mostra desempenho melhor no acumulado do ano (5,3%) e em 12 meses (7,9%), ocupando a sétima posição nacional nesses dois indicadores.
Os dados revelam um cenário de oscilação no comércio amazonense, que começa 2025 com sinais mistos: forte retração em março, mas desempenho ainda positivo no acumulado do ano. A queda brusca recente acende um alerta para o setor, que precisa reagir para manter a trajetória de crescimento observada no início do ano.

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