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Casos de câncer de pele aumentam na região do Baixo Amazonas, segundo dados da Sespa

Os números da doença foram registrados entre 2022 e abril de 2024.

Conteúdo G1 Amazonas
Publicado 10/07/24

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Foto: Igor Mota / Arquivo O Liberal

Dados da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) apontaram aumento na incidência de câncer de pele nos municípios da região do Baixo Amazonas entre 2022 e abril de 2024. Neste ano até o mês de abril, Santarém, no oeste do Pará, lidera o ranking com 88 casos, seguido por Monte Alegre com 13 e Óbidos com 9 casos.

De acordo com os dados da Sespa, em 2023, Santarém também esteve no topo com 464 casos registrados. Outros municípios como Monte Alegre, com 57 casos, e Oriximiná, com 39, também mostraram números significativos.

Os municípios que registraram os maiores números de casos de câncer de pele são:

Santarém:

2022: 603 casos
2023: 464 casos
Até abril de 2024: 88 casos

Monte Alegre:

2022: 69 casos
2023: 57 casos
Até abril de 2024: 13 casos

Oriximiná:

2022: 48 casos
2023: 39 casos
Até abril de 2024: 4 casos

Óbidos:

2022: 44 casos
2023: 30 casos
Até abril de 2024: 9 casos

A Importância da prevenção

A dermatologista Priscila Chaves ressalta que o câncer de pele é uma doença bastante frequente no Brasil, especialmente devido à alta incidência solar.

“O câncer de pele é bastante frequente no Brasil, devido à alta incidência solar, então é uma associação de uma tendência genética com essa exposição crônica aos raios UVA e UVB que ocasionam um dano do DNA da nossa célula e uma proliferação errada dessas células, gerando então o câncer de pele”, explicou a especialista.

Ela enfatizou ainda a importância de evitar a exposição direta ao sol e o uso regular de protetor solar, além de adotar barreiras físicas como chapéus e roupas de manga comprida com proteção UV. A proteção deve começar na infância para prevenir danos futuros.

Tratamento e diagnóstico

A médica explicou que o tratamento do câncer de pele geralmente envolve a remoção cirúrgica das lesões, destacando a importância do diagnóstico precoce.

“O tratamento do câncer de pele consiste na remoção cirúrgica dessas lesões. Por isso, é importante realizar um diagnóstico precoce, porque quanto menores as lesões, conseguimos remover com menor chance de complicações de cicatrizes para aqueles pacientes”, destacou.

Ela também alerta para o melanoma, uma forma mais agressiva de câncer de pele que pode gerar metástases e requer tratamentos adicionais.

“As lesões suspeitas do câncer de pele são aqueles tumores, nódulos, que não cicatrizam, que estão em crescimento, que são assimétricos, irregulares, que sangram com facilidade. Se você apresenta algum desses tipos de lesão, é importante consultar o dermatologista, que ele é capaz de fazer o diagnóstico e propor o tratamento adequado”, ressaltou.