Da Redação
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) divulgou hoje um vídeo nas redes sociais desautorizando mais uma vez a equipe do ministro Paulo Guedes. O presidente negou notícias recentes de que o Ministério da Economia estaria estudando congelar aposentadorias e cortar benefícios sociais de idosos e deficientes pobres para financiar o Renda Brasil.
Bolsonaro não só negou o congelamento e o corte, como “proibiu” a discussão sobre o programa social que deveria substituir o Bolsa Família, criado durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
No domingo, um dos principais assessores de Guedes, o secretário Especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, disse ao G1 que o governo estuda desvincular benefícios previdenciários, como aposentadorias e pensões, do salário mínimo.
A medida defendida pelo secretário abriria espaço no Orçamento para financiar o Renda Brasil, já que na prática a desvinculação acarretaria num congelamento das aposentadorias. Segundo Rodrigues, ficariam sem reajuste por dois anos todas as aposentadorias, das com valor de um salário mínimo até as de valores mais altos.
Hoje as aposentadorias e pensões são reajustadas de acordo com o salário mínimo. O salário mínimo, por sua vez, é reajustado anualmente pelo menos para repor perdas com a inflação, como determina a Constituição.
– Congelar aposentadorias, cortar auxílio para idosos e pobres com deficiência, um devaneio de alguém que está desconectado com a realidade.
– Como já disse jamais tiraria dinheiro dos pobres para dar aos paupérrimos. pic.twitter.com/5j3oI6vcSK
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) September 15, 2020
Nos últimos meses, o Renda Brasil vinha sendo defendido pela equipe econômica de Bolsonaro como o sucessor do Bolsa Família, benefício instituído em 2003 por Lula e que unificou e ampliou programas existentes no governo anterior, de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
A criação do Renda Brasil ajudaria a dar continuidade ao pagamento de benefícios sociais que têm sido fundamentais para a economia durante a pandemia do novo coronavírus, como o auxílio emergencial, destinado principalmente a trabalhadores informais. O auxílio emergencial vai só até o final desde ano.
O plano de Bolsonaro era ampliar o Bolsa Família e transformar o Renda Brasil na marca social da sua gestão.
Mas a equipe econômica tem tido dificuldade em encontrar recursos para financiar o programa.
Com informações do UOL.
Foto: Divulgação

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