Só existe uma coisa que Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, repete com mais frequência do que ameaçar a democracia: reclamar do cargo e dizer que pode desistir de concorrer à Presidência da República mais uma vez.

O amigão do Queiroz, segundo matéria do jornal O Globo, em uma daquelas reuniões ministeriais em que não se discute nada, não se decide nada e apenas são exorcizados mais demônios internos, como popularmente se diz, soltou a franga.

Bolsonaro disse não entender por que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) não aceita as sugestões das Forças Armadas, o que é mentira, pois, das noventa propostas enviadas, a Justiça Eleitoral acatou ou já pratica cerca de oitenta.

O devoto da cloroquina, então, sempre segundo o jornal, afirmou aos seus ministros que ‘se as eleições não forem limpas` não irá participar do pleito em outubro próximo. Bull Shit (bobagem!), como dizem ‘uzamericanu’.

Bolsonaro até pode, sim, arregar (o que é muito do seu feitio, aliás), se tiver certeza da surra eleitoral que se avizinha. Tudo mais constante, e a nova pesquisa da Quaest ratifica isso, Lula da Silva, o meliante de São Bernardo, venceria ainda no primeiro turno.

Porém, o mais provável é que o patriarca do clã das rachadinhas siga em frente para que, ao final da eleição – e em caso de derrota -, alegue fraude, erice o pelo de sua tigrada louca e se mantenha líder de uma oposição fanática e frenética contra o PT.

Particularmente, adoraria que desistisse mesmo e abrisse espaço para um outro candidato, que pudesse bater o chefão do mensalão e do petrolão. Esse seria o melhor cenário para o Brasil. Contudo, esperar algo assim, justamente de alguém assim, é como acreditar na inocência da alma mais honesta do País.