A reunião foi marcada depois da divulgação de relatos de funcionárias que sofreram assédio sexual por parte de Pedro Guimarães. Segundo as testemunhas, ocupantes do alto escalão do banco tinham conhecimento das irregularidades.
Após o afastamento de Guimarães, a Caixa admitiu em nota ter recebido denúncia anônima e aberto procedimento de investigação em maio deste ano. A contratação de auditoria externa tem por objetivo assegurar a condução dos trabalhos de forma imparcial e transparente.
“O conselho de administração da Caixa registra que condutas ilícitas não são toleradas, em especial as de assédio sexual ou de qualquer natureza, e, se comprovadamente praticadas por agentes da instituição, receberão o devido tratamento previsto na legislação e nas normas internas da empresa”, diz a nota divulgada pelo colegiado.
Guimarães esteve na Caixa e reuniu a diretoria, composta por vice-presidentes, para se despedir. Ele não participou da reunião do Conselho de administração.
MP pede investigação ao TCU
investigar a conduta de Guimarães na Caixa por entender que as suspeitas de assédio sexual configuram “flagrante violação ao princípio da moralidade”, previsto na Constituição.
Na quarta-feira (7), a presidente do TCU, ministra Ana Arraes, já havia determinado internamente o pedido de informações sobre mecanismos de prevenção e combate ao assédio existentes na Caixa.
“Considero pertinente que este Tribunal realize ação de controle para avaliar o grau de maturidade dos instrumentos e das práticas de que esse banco público dispõe para prevenir e punir casos de assédio”, afirmou a ministra, em comunicado divulgado pelo TCU.
Ela entende que, mesmo com investigações em curso no Ministério Público Federal, o TCU deve apurar o caso “sob a perspectiva de avaliação e proposta de aprimoramento do Estado”.
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