Nunca antes (na história deste país) o Congresso Nacional foi tão importante para o resultado de uma eleição municipal como será em 2024.
E essa influência tem nome: emenda parlamentar.
Se a fatia do Orçamento que cabe aos parlamentares foi relevante nos últimos pleitos, neste ano promete ser decisiva.
Ao todo, o Congresso Nacional previu R$ 53 bilhões para 2024. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou R$ 5,6 bilhões. Mesmo assim, o que sobrou ainda é o maior valor já reservado em emendas para um único ano.
Isso sem falar do fundão eleitoral, que também é recorde em 2024: R$ 4,9 bilhões.
O cálculo sobre o impacto de tudo isso é simples: grandes valores aplicados de forma “correta” é meio caminho andado para a construção/consolidação de redutos eleitorais.
Não à toa, a expectativa é de que só com emendas individuais de transferência especial – as chamadas emendas Pix – os congressistas injetem cerca de R$ 8 bilhões nas cidades espalhadas pelo país.
A modalidade é das mais atrativas porque não precisa ter o destino determinado previamente.
Ou seja, é aporte rápido com potencial imediato de alavancar candidaturas de aliados.
Afinal, 2026 está logo ali para inverter os papéis. Será a vez dos prefeitos eleitos pedirem votos para eleger os deputados e senadores.
“Tanto dinheiro tem potencial de tornar candidato fraco em forte e desconhecido em conhecido”, disse um experiente congressista à CNN.
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