A menos de um mês da COP30, que acontece entre 10 e 21 de novembro em Belém (PA), o Amazonas se torna o primeiro estado brasileiro com 100% da iluminação pública sustentável. Com o Programa Ilumina+ Amazonas, o Governo do Estado alcançou todos os 61 municípios do interior, com a troca das lâmpadas tradicionais, mais poluentes, por LED.
A tecnologia LED vai proporcionar, nos próximos 10 anos, a redução da emissão de aproximadamente 100 mil toneladas de dióxido de carbono (CO₂) na atmosfera, o equivalente ao plantio de 276 mil árvores ou à preservação de uma floresta do tamanho de 967 campos de futebol.
Com esse resultado, o estado chega à conferência internacional com um caso concreto de eficiência energética e descarbonização, implementado em um território de grandes dimensões e importância estratégica para a agenda climática global.
O programa que moderniza a rede de iluminação no Amazonas é coordenado Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), órgão da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedurb). Ao todo, foram implantados 112 mil pontos de LED, alcançando regiões urbanas e também comunidades ribeirinhas e aldeias indígenas, muitas das quais receberam, pela primeira vez, o serviço de iluminação pública.
Para Wilson Lima, governador do Amazonas e presidente estadual do União Brasil, os avanços nessa área são fundamentais, como parte da política de sustentabilidade da atual administração. “Cada poste trocado é menos carbono na atmosfera, mais segurança nas ruas e mais qualidade de vida”, afirma.
Segundo dados oficiais, o programa reduziu custos na conta pública, vai aumentar a durabilidade das luminárias e eliminou o uso de equipamentos com metais pesados, como o mercúrio, presente nas lâmpadas tradicionais que eram usadas no interior. A adoção do LED também reduz o consumo de energia e, onde a eletricidade ainda é gerada por termelétricas a diesel – caso da maioria dos municípios –, diminui diretamente a emissão de CO₂.
Além do impacto ambiental, a nova iluminação traz efeitos sociais concretos: nas pequenas cidades, aumenta a segurança e permite o funcionamento do comércio em horários estendidos; nas comunidades ribeirinhas e indígenas, possibilita a realização de atividades culturais noturnas, como rodas de conversa e oficinas, com luz estável e sustentável.
A operação envolve transporte e instalação de equipamentos, parte fabricada na Zona Franca de Manaus, treinamento de equipes locais e estratégias específicas para comunidades ribeirinhas e indígenas, em especial em períodos de seca ou de cheia dos rios.
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA
O secretário da Sedurb e UGPE, Marcellus Campêlo, 2º vice-presidente estadual do União Brasil, destaca que a modernização da iluminação pública em todos os municípios do Amazonas consolida uma das principais ações de transição energética em curso no país. “Transformamos uma ação de infraestrutura em um legado ambiental. É uma transição energética justa: menos consumo, menos emissão e mais qualidade de vida para quem mais precisa”, afirma.
A substituição das lâmpadas de vapor de sódio e mercúrio, mais poluentes e de maior custo de manutenção, por luminárias de LED, tem efeito direto nas metas climáticas nacionais. “No Amazonas, onde grande parte da energia ainda é produzida por termelétricas movidas a combustíveis fósseis, o menor consumo de eletricidade se traduz em redução imediata das emissões de gases de efeito estufa”, completa Marcellus Campêlo.
Os resultados, calculados com base na metodologia do Programa Carbono Neutro, do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesam), demonstram que a adoção em larga escala da tecnologia LED traz ganhos ambientais expressivos e mensuráveis.
“Essa iniciativa demonstra que é possível unir desenvolvimento, sustentabilidade e cuidado com as pessoas. O Amazonas mostra que a inovação pode gerar benefícios concretos para o meio ambiente e para a vida das comunidades”, observa Sérgio Litaiff, 3º vice-presidente do União Brasil.
*Com informações da assessoria
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