Inicialmente, a ideia lançada na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, do Senado Federal, é que, primeiro, falem os governadores do Amazonas, Wilson Lima, e do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, ambos do PSC. Alinhados ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), esta seria uma forma de levar governadores a CPI sem tirar os holofotes do governo federal.
O depoimento de Lima é dado como certo desde o início da CPI, já que o pedido de criação da comissão traz, desde o começo, a crise de saúde no Amazonas. A oitiva de Castro deve abordar, ainda, a falta de ação do governo fluminense quanto à aglomeração causada pelo presidente Bolsonaro no último domingo (23).
Os senadores querem saber quem autorizou o ato e se alguma providência foi adotada pelas autoridades locais a respeito de atitudes que ferem as regras sanitárias.
“O que está acontecendo neste momento no Rio é um acinte e um desrespeito aos quase 450 mil brasileiros mortos. Não se tem conhecimento na história de um presidente que tenha sido tão ofensivo à dor de um povo como está acontecendo no Rio”, disse o vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) à CNN.
Já a convocação de Witzel tem relação com as suspeitas de compras superfaturadas de equipamentos hospitalares para o combate à pandemia que culminou com o impeachment.
Witzel é investigado pela suspeita de práticas irregulares na área da Saúde. De acordo com denúncia do Ministério Público Federal, a partir da eleição de Witzel “estruturou-se no âmbito do governo estadual uma organização criminosa, dividida em três grupos, que disputavam o poder mediante o pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos”.
Liderados por empresários, esses grupos lotearam algumas das principais pastas estaduais, como a Secretaria de Saúde, “para implementar esquemas que beneficiassem suas empresas”.
Procurados pela CNN, Castro não quis comentar a possibilidade de ser convocado pelos senadores para prestar esclarecimentos à CPI. Já Witzel acusou os deputados estaduais, ligados ao presidente Bolsonaro, de estarem por trás do processo de impeachmente, divulgando informações falsas de superfaturamento.
Em uma rede social, Aziz anunciou que o colegiado deve apreciar nesta quarta (26) mais de 400 requerimentos.
“Terminando o dia conversando com a imprensa sobre a votação dos requerimentos de amanhã (26). Serão 402 documentos apreciados para definir os próximos passos da CPI. Nossa meta continua sendo punir os equívocos e garantir a compra de vacina. Essa é a justiça que o Brasil merece.”
Da Redação
Com informações da CNN
Foto: Divulgação

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