O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD), afirmou hoje, durante o UOL Entrevista, que se o ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, “mentir de novo à comissão sairá algemado da sessão”. O requerimento para a reconvocação de Pazuello será votado na quarta-feira.
“Não posso afirmar que vou prendê-lo, mas pode ter certeza que, se ele mentir… se ele tiver um habeas corpus, eu não poderei prendê-lo. Manda ele sem habeas corpus lá, ele não vai brincar mais com a CPI e a população brasileira. O desrespeito não foi a mim e aos senadores. Foi um desrespeito à sociedade brasileira e ao Exército brasileiro. Se ele mentir, sairá algemado de lá”, afirmou Aziz durante programa, conduzido pela apresentadora Fabíola Cidral e pelos colunistas Josias de Souza e Thaís Oyama.
O senador alegou que, durante o primeiro depoimento, Pazuello deu versões conflitantes sobre as negociações por vacina por parte do governo federal, por isso há o requerimento para ouvi-lo novamente.
“Quando eu digo ‘no máximo o presidente mentiu, e mentira não leva ninguém à cadeia’, é baseado no que o Pazuello falou. O presidente, um dia, diz que quem manda é ele e que não vai comprar vacina nenhuma. Aí o Pazuello chega, a gente faz essa pergunta e ele diz: ‘não, eu nunca recebi essa ordem, por isso estava negociando a vacina’. Foi baseado nisso”, explicou Aziz.
Aziz ainda falou que, ao contrário do momento do depoimento do ex-secretário de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten — que teve a prisão pedida pelo relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB), o que foi descartado por Aziz —, um pedido de prisão hoje não afetaria a credibilidade da comissão que, para ele, está “consolidada”.
“A atitude que eu tomei em relação ao Fábio Wajngarten… os próximos depoentes não esperem que eu tenha a paciência. Se eu amanhã tomar a decisão de prender um depoente mentiroso, pode ter certeza que a CPI não acabará. Acabaria [no episódio de Wajngarten] porque estava no início. Hoje não. Hoje está consolidada”.
Pazuello já falou à comissão nos dias 19 e 20 de maio. O depoimento foi dividido em dois dias após o ex-ministro ter um mal-estar.
O pedido de um novo depoimento ganhou mais força após a participação do ex-ministro, ontem, no ato de apoio ao governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no Rio de Janeiro. Houve aglomeração e tanto Pazuello como Bolsonaro participaram do evento sem o uso de máscara.
Com informações do UOL.
Foto: Divulgação

Envie seu comentário