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Mesmo com melhora, insegurança alimentar no Amazonas continua crítica

A análise da distribuição percentual dos domicílios ,no Brasil, por situação de segurança alimentar existente, entre 2023 e 2024
Foto: Divulgação

O Amazonas registrou uma melhora geral nas condições de segurança alimentar, tanto em domicílios quanto em seus moradores. O principal dado positivo é o aumento de 3,7 pontos percentuais no percentual de domicílios com segurança alimentar (de 57,4% para 61,1%) e o ganho de 4,1 pontos percentuais na distribuição de moradores com segurança alimentar (De 52,8% para 56,9%). Esta melhora se refletiu na redução da insegurança alimentar grave, que caiu de 9,1% para 7,2% nos domicílios , mostrando uma redução de 1,9 ponto percentual (p.p.) e de 10,3% para 8,0% entre os moradores (queda de 2,3 p.p.). Em números absolutos, 92 mil moradores deixaram a situação de insegurança alimentar grave. Mesmo com a melhora, 330 mil pessoas (8,0%), ainda estão expostas à situação de fome, o que coloca o estado na segunda posição entre os maiores percentuais de insegurança alimentar grave. Os dados são da PNAD Contínua – Segurança Alimentar 2024, publicada hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Conceitos

Os principais conceitos da pesquisa são Segurança Alimentar (S.A.) – A família/domicílio tem acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente; sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais.

Insegurança Alimentar Leve (IA Leve) – Preocupação ou incerteza quanto ao acesso aos alimentos no futuro; qualidade inadequada dos alimentos resultante de estratégias que visam não comprometer a quantidade de alimentos.

Insegurança Alimentar Moderada (IA Moderada) – Redução quantitativa de alimentos entre os adultos e/ou ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos entre os adultos.

Insegurança Alimentar Grave (IA Grave)– Redução quantitativa de alimentos também entre as crianças, ou seja, ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos entre todos os moradores, incluindo as crianças. Nessa situação, a fome passa a ser uma experiência vivida no domicílio.

A análise da distribuição percentual dos domicílios ,no Brasil, por situação de segurança alimentar existente, entre 2023 e 2024, revela uma melhoria na condição alimentar. A proporção de domicílios com segurança alimentar aumentou de 72,4% em 2023 para 75,8% em 2024. O acréscimo é de 3,4 pontos percentuais (p.p.),consequentemente, a porcentagem de domicílios com insegurança alimentar total caiu de 27,6% para 24,2%, com uma redução total de 3,4 p.p. A redução foi observada em todos os níveis de insegurança. A insegurança leve passou de 18,2% para 16,4% (redução de 1,8 p.p.); a moderada diminuiu de 5,3% para 4,5% (redução de 0,8 p.p.); e a grave caiu de 4,1% para 3,2% (redução de 0,9 p.p.).

Em relação à distribuição percentual dos moradores em domicílios, a tendência de melhoria na segurança alimentar também é evidente na comparação entre 2024 e 2023. O percentual de moradores em domicílios com segurança alimentar subiu de 70,4% para 74,2%, um aumento de 3,8 pontos percentuais. Em paralelo, a proporção de moradores em domicílios com insegurança alimentar total caiu de 29,6% para 25,8%, com uma redução total de 3,8 pontos percentuais. Essa redução foi impulsionada pela diminuição em todas as categorias de insegurança.A insegurança leve passou de 20,1% para 18,1% (redução de 2,0 p.p.); a moderada diminuiu de 5,5% para 4,6% (redução de 0,9 p.p.); e a grave apresentou uma redução de 4,0% para 3,1% (redução de 0,9 p.p.).

A análise da distribuição percentual dos domicílios por região do Brasil, comparando 2024 com 2023, evidencia uma melhora generalizada na segurança alimentar. Todas as cinco regiões apresentaram um aumento na proporção de domicílios com segurança alimentar, o que implica na redução do percentual com insegurança alimentar. A Região Sul manteve a maior proporção de segurança alimentar, atingindo 86,4% em 2024 (ante 83,5% em 2023), enquanto a Região Norte registrou o menor percentual, de 62,4% (60,1% em 2023). Em termos de avanço, a maior melhoria percentual foi observada no Nordeste, com um aumento de 4,1 pontos percentuais na segurança alimentar, e a menor variação positiva foi registrada no Norte, com um aumento de 2,3 pontos percentuais.

Em relação à distribuição percentual dos moradores em domicílios, a tendência de melhora na segurança alimentar regional ,entre 2023 e 2024, ocorreu em todas as regiões, registrando aumento no percentual com segurança alimentar. A Região Sul continua liderando a proporção de moradores em segurança alimentar, passando de 82,4% em 2023 para 85,6%, em 2024. Por outro lado, a Região Norte permaneceu com o menor percentual, subindo de 56,7% para 59,2%. A maior evolução percentual foi vista no Nordeste, que apresentou um acréscimo de 4,4 pontos percentuais na segurança alimentar de seus moradores. A menor variação ficou com o Norte, com um ganho de 2,5 pontos percentual.

A análise da distribuição percentual dos domicílios nos Estados do Brasil revela uma tendência quase universal de melhoria na segurança alimentar, entre 2023 e 2024. Dos 27 estados, 23 viram a proporção de domicílios com segurança alimentar aumentar, o que corresponde a uma redução na insegurança alimentar total. Em 2024, o estado com a maior proporção de segurança alimentar foi Santa Catarina, alcançando 90,6% (um aumento de 1,9 p.p., em relação a 2023, quando era 88,7%). O Estado com o menor percentual de segurança alimentar foi Pará, com 55,4%. O maior avanço percentual na segurança alimentar ocorreu em Sergipe, com um aumento de 14,3 pontos percentuais. Por outro lado, o estado que registrou a menor melhora na segurança alimentar foi Roraima, com uma queda de 7,2 pontos percentuais. Roraima, Amapá, Distrito Federal e Tocantins registraram alguma regressão no percentual de domicílios com segurança alimentar.

A análise da distribuição percentual dos domicílios no Amazonas, por situação de segurança alimentar, entre 2023 e 2024, revela uma melhora nas condições de segurança alimentar. O percentual de domicílios com segurança alimentar aumentou de 57,4% ,em 2023, para 61,1% em 2024, um acréscimo de 3,7 pontos percentuais. Consequentemente, a proporção de domicílios com insegurança alimentar caiu de 42,6% para 38,9%, uma redução de 3,7 pontos percentuais. O nível mais severo da insegurança alimentar grave também diminuiu, passando de 9,1% para 7,2%, representando uma redução de 1,9 pontos percentuais.

A análise dos dados do Amazonas quanto aos moradores por situação agregada de segurança alimentar ,entre 2023 e 2024, indica uma tendência de melhora. Em números absolutos (mil pessoas), a população com segurança alimentar aumentou de 2,1 milhões para 2,3 milhões, um acréscimo de mil pessoas. Em termos percentuais, o grupo passou de 52,8% para 56,9%, com um ganho de 4,1 pontos percentuais. Por outro lado, a população em domicílios, com insegurança alimentar total teve redução para 190 mil pessoas. Em distribuição percentual, a insegurança total caiu de 47,2% para 43,1%, representando uma queda de 4,1 p.p., refletindo a melhora observada.

Em relação às situações detalhadas de insegurança alimentar, os dados do Amazonas mostram que a melhora foi observada em todas as categorias. O número absoluto de moradores em domicílios com insegurança alimentar grave (mil pessoas) diminuiu de 422 mil para 330 mil, representando uma redução para 92 mil pessoas. Em distribuição percentual, a insegurança grave caiu de 10,3% para 8,0%, mostrando diminuição de 2,3 pontos percentuais. A insegurança moderada também diminuiu em números absolutos, de 353 mil para 338 mil e, percentualmente, de 8,6% para 8,2%. A queda foi de 0,4 ponto percentual. Por fim, a insegurança leve também reduziu, passando de 1,16 milhão para 1,11 milhão em números absolutos, e percentualmente, de 28,3% para 27,0%. A redução foi de de 1,3 ponto percentual.

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