Do total de 2,9 milhões de pessoas com 14 ou mais, no Amazonas, 2 milhões eram da cor parda, 526,8 mil eram de cor branca, 196,5 mil eram indígenas, 163,2 mil da cor preta e 5,6 mil de cor amarela.
Pessoas sem instrução aparecem com a segunda maior quantidade de pessoas ocupadas em 2022
No Amazonas, considerando as pessoas ocupadas por nível de instrução, observa-se que, em 2022, a maior quantidade de pessoas ocupadas possuía nível médio completo e superior incompleto (1,08 milhão de pessoas), seguida das pessoas sem instrução (922,6 mil pessoas), das pessoas com ensino fundamental completo e médio incompleto (592,1 mil pessoas) e das pessoas com superior completo (342,5 mil pessoas).
Entre as pessoas indígenas no Amazonas, das 130,2 mil pessoas ocupadas, aquelas com ensino médio completo e superior incompleto somavam 50,8 mil; as sem instrução e fundamental incompleto totalizavam 42,9 mil pessoas; indígenas com fundamental completo e médio incompleto somavam 23,1 mil e 13,3 mil eram pessoas indígenas com superior completo.
Mulheres estavam em maior quantidade entre as pessoas ocupadas com os maiores níveis de instrução
O Censo Demográfico 2022 mostrou também que as mulheres estavam em maior quantidade nos grupos de pessoas com ensino superior completo (201,5 mil pessoas) e ensino médio completo e superior incompleto (557,8 mil pessoas). Os homens com os respectivos níveis de instrução somavam 520,6 mil e 141 mil pessoas.
Entre as pessoas indígenas, de 14 anos ou mais, o número de homens ocupados (78,3 mil pessoas) superou o de mulheres (51,8 mil pessoas) em 51%.
Pessoas ocupadas pardas e com ensino médio ou superior incompleto eram o maior grupo da força de trabalho no estado
No recorte das pessoas ocupadas por cor ou raça e nível de instrução, o Censo mostrou que os maiores quantitativos, em 2022, eram de pessoas pardas com ensino médio e superior incompleto (771,3 mil), seguida de brancas com ensino médio completo e superior incompleto (198,1 mil), de indígenas sem instrução e fundamental incompleto; de pretas (59,5 mil) sem instrução e fundamental incompleto e amarelas (2 mil) com superior completo.
Maior número de pessoas ocupadas estava no grupo de trabalhadores de serviços e comércio
De 1,3 milhão de pessoas, de 14 anos ou mais, ocupadas no Amazonas, trabalhadores dos serviços, vendedores dos comércios e mercados eram 297,1 mil; pessoas com ocupações elementares eram 243,2 mil; trabalhadores qualificados, operários e artesãos da construção, das artes mecânicas e outros ofícios eram 152,1 mil; profissionais de ciências intelectuais eram 131,3 mil; trabalhadores qualificados da agropecuária, florestais, da caça e da pesca eram 125,9 mil; operadores de instalações e máquinas e montadores eram 100,2; técnicos e profissionais de nível médio eram 100 mil; trabalhadores de apoio administrativo eram 99,8 mil; diretores e gerentes eram 42,6 mil; membros das forças armadas, policiais e bombeiros militares eram 16,1 mil.
Comércio, reparação de veículos e motocicletas foi a atividade econômica que agregou mais pessoas ocupadas no Amazonas
Com 229 mil pessoas ocupadas, a atividade econômica de “Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas” foi a atividade econômica com o maior quantitativo de pessoas ocupadas dentre as 22 atividades pesquisadas no Amazonas. Em seguida, aparecem na pesquisa censitária a “Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura”, com 139.,6 mil pessoas ocupadas; e a “Indústria da transformação” com 120,5 mil pessoas ocupadas. O menor número de pessoas ocupadas ficou com as “Atividades imobiliárias” (2,8 mil pessoas), “Eletricidade e gás” (3,9 mil pessoas) e “Indústrias extrativas” (4,2 mil pessoas).
Trabalhadores por conta própria teve o segundo maior quantitativo de pessoas ocupadas no estado
As pessoas que tinha o trabalho principal no setor privado somaram o maior número de pessoas ocupadas no estado (561,3 mil pessoas), seguida pelas pessoas que trabalhavam por conta própria e sem empregados (440,9 mil), e pelas pessoas que trabalhavam por conta própria sem CNPJ (391,8 mil pessoas). As categorias com menos pessoas ocupadas foram as de empregado de empresas estatais sem carteira de trabalho assinada (3,4 mil pessoas), a de empregado de empresas estatais com carteira assinada (4,7 mil pessoas) e a categoria de trabalhador doméstico (inclusive diarista), que somou 6,5 mil pessoas ocupadas em 2022.
Contribuintes superaram os não contribuintes em pouco mais de 23 mil pessoas ocupadas
Entre as pessoas de 14 anos ou mais e que estavam ocupadas no Amazonas, 695,4 mil eram contribuintes do Instituto de Previdência Social e 672,1 mil não faziam contribuição, resultando numa diferença de cerca de 23,3 mil pessoas ocupadas a mais no grupo dos contribuindo.
Entre os grandes grupos de ocupação, os maiores contribuintes no estado foram os de “trabalhadores dos serviços, vendedores dos comércios e mercados” (de 297,1 mil pessoas, 127,2 mil eram contribuintes); seguidos por “ocupantes elementares” (de 243,2 mil pessoas ocupadas, um total de 113,8 mil eram contribuintes); e “profissionais das ciências intelectuais” (de um total de 131,3 mil pessoas, 105,4 mil contribuíram). Já o maior quantitativo de não contribuintes ficou com o grupo dos “trabalhadores dos serviços, vendedores dos comércios e mercados” (de um total de 297,1 mil pessoas,169,9 mil não contribuíram); “pessoas de ocupações elementares” (de um total de 243,2 mil pessoas, 129,4 mil não eram contribuintes); e “trabalhadores qualificados, operários e artesãos da construção, das artes mecânicas e outros ofícios” (de um total de 152,1 mil pessoas, 103,9 mil não eram contribuintes).
Manaus, Apuí e Humaitá têm os maiores rendimentos médios
Em 2022, a massa de rendimento nominal mensal de todos os trabalhos das pessoas de 14 anos ou mais que estavam ocupadas na semana de referência no Amazonas foi de R$ 2,96 bilhões. O valor representa 1,2% do total da massa de rendimento nominal mensal do país (R$ 250,4 bilhões), no mesmo período. Já o valor do rendimento médio foi de R$ 2.211,85, ficando abaixo em R$ 638,79 que o rendimento médio nacional (R$ 2.850,64) e menor em R$ 26,15 que o da Região Norte (R$ 2.238,00).
Entre as Unidades da Federação, o Amazonas (R$ 2.211,85) ficou na décima oitava posição em rendimento médio mensal. Os maiores valores foram do Distrito Federal (R$ 4.714,58), São Paulo (R$ 3.460,03) e Santa Catarina (R$ 3.391,15). Já os menores ficaram com o Maranhão (R$ 1.855,01), Piauí (R$ 1.905,15) e Bahia (R$ 1.944,86).
No Amazonas, Manaus foi o município com o maior rendimento médio (R$2.646,61), seguida por Apuí (R$ 2.219,00) e por Humaitá (R$ 2.041,22). Os municípios com os menores rendimentos médios foram Boa Vista do Ramos (R$ 1.149,18), Uarini (R$ 1.157,25) e Tonantins (R$ 1.182,22).
A desagregação dos dados por sexo, bem como a segmentação por cor ou raça, no quesito rendimento do trabalho permaneceu presente em 2022, com rendimento nominal mensal de todos os trabalhos da população ocupada masculina (R$ 2.320,20) superando em cerca de 13% o das mulheres (R$ 2.053,06).
Em se tratando do recorte por cor ou raça, a pesquisa censitária mostrou valores mais elevados para a cor amarela (R$ 6.417,47), seguida da cor branca (R$ 3.216,89), preta (R$ 1.994,82) e indígena (R$ 1.266,79).
Rendimento médio mensal per capita no Amazonas é o segundo menor do país
O Amazonas ficou com o segundo menor rendimento médio mensal domiciliar per capita do país em 2022, ficando à frente apenas do estado do Maranhão (R$ 900,00). Os maiores rendimentos médios mensais per capita foram do Distrito Federal (R$ 2.999,00), de Santa Catarina (R$ 2.220,00) e de São Paulo (R$ 2.093,00).
A pesquisa censitária também mostrou que aqueles que receberam rendimento mensal domiciliar per capita médio de até ¼ do salário-mínimo, faixa que engloba os menores rendimentos e, portanto, concentra os maiores níveis de vulnerabilidade de renda, correspondiam a 28,4% dos moradores em domicílios particulares no Amazonas. Todos os estados com percentuais acima da média brasileira (13,3%) se encontravam nas Regiões Norte e Nordeste.
Amazonas é o terceiro maior estado em desigualdade segundo o índice Gini
O Amazonas e Roraima, com índice Gini de 0,572, ficaram na terceira posição entre as Unidades da Federação com as maiores desigualdades na distribuição de rendimentos da população. Os maiores foram do Distrito Federal (0,584) e do Rio de Janeiro (0,574). Os menores ficaram com Santa Catarina (0,452), Paraná (0,482), Rio Grande do Sul (0,484) e Rondônia (0,489).

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