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Moradores de domicílios do Amazonas fazem mais de 200 mil viagens/ano

Entre as Unidades da Federação (UFs), o Amazonas (203 mil viagens) ficou na vigésima primeira posição em número de viagens
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Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Moradores de domicílios do Amazonas fizeram 203 mil viagens, em 2024. No Brasil foram 20,5 milhões e na Região Norte 1,3 milhão. O número do Amazonas representa 0,99% das viagens de moradores do país e 15,14% do total das viagens da Região Norte, no mesmo período.

Entre as Unidades da Federação (UFs), o Amazonas (203 mil viagens) ficou na vigésima primeira posição em número de viagens. São Paulo (5,05 milhões de viagens), Minas Gerais (2,4 milhões de viagens) e Bahia (1,8 milhão de viagens) foram os estados que mais se destacaram em número de viagens de moradores de domicílios. Já as UFs dos moradores que menos viajaram, em 2024, foram Amapá (22 mil viagens), Acre (27 mil viagens) e Roraima (36 mil viagens).

A análise da série histórica de 2020 a 2024 para o percentual de domicílios com viajantes revela uma clara disparidade e um crescimento acentuado no setor de viagens nas unidades federativas mais bem colocadas. Em média, os quatro estados com melhor desempenho — Distrito Federal, Tocantins, Paraná e Rio Grande do Sul — saltaram de uma média de 14,7%, em 2020, para 25% em 2024. O Distrito Federal e Tocantins lideraram essa alta, com aumentos notáveis de 16,4 e 11 pontos percentuais (p.p.), respectivamente, embora o Rio Grande do Sul tenha apresentado uma leve queda de 25,5% para 23,4%, entre 2023 e 2024. Em contrapartida, os quatro estados com pior desempenho — Alagoas, Rondônia, Amapá e Acre — mantiveram taxas significativamente mais baixas, subindo de uma média de 7,65%, em 2020, para apenas 9,45%, em 2024. A maior variação positiva neste grupo foi em Alagoas (3,4 p.p.), enquanto o Acre foi o único estado ,entre os oito analisados, a registrar uma queda no período (de 8,5%, em 2020, para 7,7% em 2024), evidenciando uma ampliação da lacuna entre os líderes e os estados na base do ranking, onde a diferença média no percentual de viagens saltou de 7,05 p.p. ,em 2020, para 15,55 p.p.,em 2024.

A situação do Amazonas em relação ao percentual de domicílios com viajantes é de recuperação e estabilidade em um patamar baixo, ocupando a 22ª posição no ranking de 2024. A série iniciou em 2020 com 9,7%, mas sofreu uma queda significativa para 7,8% em 2021, refletindo o período mais crítico dos impactos da pandemia. No entanto, o estado demonstrou uma forte recuperação em 2023, atingindo o pico de 13%, no período analisado, antes de registrar uma leve retração para 12,7%, em 2024. Apesar da leve queda recente, a tendência de longo prazo é positiva, com um aumento geral de 3 pontos percentuais entre 2020 e 2024, indicando uma melhora gradual na frequência de viagens de seus moradores, embora o Amazonas permaneça entre as Unidades Federativas com os menores percentuais.

Em 1,07 milhão de domicílios do Amazonas, os moradores não viajaram em 2024. A maior justificativa foi a falta de dinheiro (392 mil domicílios), seguida pela razão de não haver necessidade” (307 mil domicílios); por não ser prioridade (142 mil domicílios); por falta de tempo (122 mil domicílios); por não haver interesse (86 mil domicílios); por problemas de saúde (17 mil domicílios); e por outros motivos (8 mil domicílios).

No Amazonas, a principal finalidade de viagem dos moradores dos domicílios, ano passado, foi por motivo pessoal (168 mil viagens), deixando razões profissionais (35 mil viagens) em segunda posição.

Nas viagens por motivo pessoal, que tiveram o estado como origem, Amazonas ficou na 21a posição entre as UFs. Já nas viagens, por motivo pessoal, que escolheram o estado como destino, o Amazonas ficou na 22a posição.

No país e na Região Norte as razões de viagens por motivo pessoal (17,6 milhões no país e 1,1 milhão no Norte) também foram maiores do que as por razões profissionais.

O principal motivo pessoal das viagens dos moradores dos domicílios, no Amazonas, foi para tratamento de saúde ou consulta médica (51 mil viagens); seguida por outros motivos (41 mil viagens); e por lazer (40 mil viagens).

No país, os maiores motivos profissionais para viagens foram por negócio ou trabalho (2,5 milhões); para eventos e cursos para desenvolvimento pessoal (351 mil) e por “outros motivos” (103 mil viagens).

Considerando viagens por tipo de lazer, a pesquisa trouxe dados que apontam que, na Região Norte, a busca por sol e praia encabeçou a principal finalidade (101 mil viagens); seguida por viagens para desfrutar da natureza, ecoturismo ou aventura (59 mil viagens); viagens para cultura e gastronomia (47 mil viagens) e outras finalidades (21 mil viagens).

Na Região Norte, em 2024, a pesquisa mostra que 79,2% das viagens tiveram a própria região como destino. Na comparação com o ano de 2023 houve uma redução de 2,4 pontos percentuais (p.p.), nesta preferência de viagem.

Entre as cinco grandes regiões brasileiras, a Norte, com apenas 6,3% das viagens, foi a última escolhida como destino. A região mais procurada foi a Sudeste (41,2%), seguida da Nordeste (27,4%), da Sul (17,6%) e da Centro-Oeste (7,5%).

Em se tratando da região de origem das viagens, a Norte (6,7%) também ocupou a última posição entre as grandes regiões. A maioria das viagens se originaram da Região Sudeste (43,9%), da Nordeste (23,8%), da Sul (17,4%) e da Centro-Oeste (8,2%).

“Outros meios de transporte” foram as maiores escolhas para viagens no Amazonas

Do total de 203 mil viagens realizadas por moradores de domicílios amazonenses, ano passado, a maioria (107 mil viagens) foi realizada por “outros meios de transporte”, seguida por avião (42 mil viagens); carro particular ou de empresa (26 mil viagens); ônibus de linha (16 mil viagens); ônibus de excursão, fretado ou turismo (9 mil viagens); van ou perueiro (3 mil viagens) e motocicleta (1.000 viagens).

Segundo a PNAD Contínua sobre Turismo, o principal local de hospedagem das pessoas que viajaram, no estado, ano passado, foram casa de amigo ou parente (121 viagens); seguido de outros locais (29 mil viagens); hotel, resort ou flat (27 mil viagens); imóvel próprio (16 mil viagens); pousada (5 mil viagens); e imóvel por temporada ou AirBnb (4 mil viagens).

Gasto médio real das viagens nacionais no Amazonas ultrapassa R$ 1.500 reais

O gasto médio de viagens nacionais, a partir da origem, dos moradores de domicílios amazonenses, em 2024, foi de R$1.534,00. O valor deixa o estado na décima sexta posição entre as Unidades da Federação. Distrito Federal (R$3.090,00), São Paulo (R$2.313,00) e Rondônia (R$2.132,00) ficaram com os maiores gastos médios. Já Maranhão (R$ 941,00), Bahia (R$ 1.148,00); e Ceará (R$1.168,00) aparecem com os menores gastos.

A pesquisa mostrou também que para viajar para o Amazonas o gasto médio é maior. O visitante gasta uma média de R$ 1.616,00.

Considerando as faixas de rendimento mensal domiciliar per capita, os maiores gastos médios das viagens nacionais com pernoite foram daqueles moradores de domicílios que ganhavam de 4 a mais salários-mínimos (gasto médio de R$ 3.538,00); seguido pelo rendimento mensal de 2 a menos de 4 salários-mínimos (gasto médio de R$ 2.512,00); e rendimento de mensal de 1 a menos de 2 salários-mínimos (gasto médio de 1.535,00). O menor gasto médio com viagens foi de R$783,00 entre os moradores com rendimentos mensais domiciliar per capita de menos de meio salário-mínimo.

O gasto ,per capita, médio real, diário, das viagens nacionais, com pernoite, no Amazonas foi de R$ 225,00, em 2024, deixando o estado na décima oitava posição no ranking nacional dos gastos médios de viagens nacionais, per capita. Os maiores gastos per capita foram de Alagoas (R$366,00), Distrito Federal (R$362,00) e Pernambuco (R$351,00). Os menores ficaram com Acre (R$88), Piauí e Amapá (R$158,00) e Pará (R$181,00) .

No estado, o gasto total das viagens nacionais, com pernoite, realizadas por moradores de domicílios, em 2024, foi de R$247,8 milhões, sendo este o vigésimo primeiro maior gasto entre as UFs. Os Estados com os maiores gastos totais com viagens foram São Paulo (R$4,4 bilhões), Bahia (R$2,8 bilhões) e Rio de Janeiro (R$2,2 bilhões). Os menores gastos totais foram do Acre (R$18, 4 milhões), Roraima (R$ 23,01 milhões) e Amapá (R$ 23,06 milhões).

O número de pernoites, das viagens nacionais feitas por moradores de domicílios do Amazonas, foi de 13,8 pernoites.

Entre as UFs, a quantidade de pernoites colocou o estado na segunda posição do ranking nacional, ficando atrás apenas do Piauí (14,8 pernoites). Os menores números de pernoites de moradores de domicílios que viajaram, em 2024, foram do Rio Grande do Sul (5,5 pernoites), Sergipe (5,6 pernoites) e Rio de Janeiro (5,7 pernoites).

Mais sobre a PNAD Contínua Turismo 2024

O módulo de Turismo da PNAD Contínua buscar quantificar, no período de referência dos últimos três meses que antecederam ao dia da entrevista, os fluxos de turistas nacionais dentro do país e para o exterior, ano passado. Entre os dados apresentados estão o percentual de domicílios com ocorrência de viagem dos moradores, o número de viagens realizadas pelos moradores e as características das viagens, como motivo, destinos, meios de transporte e gastos médios. Há dados para Brasil, grandes regiões e Unidades da Federação. Acesse o material de apoio e a publicação completa para mais informações.

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