O início do verão no Hemisfério Sul é marcado pelo Solstício de Verão, um fenômeno astronômico que sinaliza o aumento das temperaturas e a chegada de dias mais longos. No Brasil, a estação começa oficialmente em 21 de dezembro e se estende até 20 de março.
Além de calor, o período é conhecido pelas frequentes e intensas chuvas de verão, que trazem desafios tanto para humanos quanto para os animais de estimação. Assim na coluna dessa semana o foco é nos cuidados necessários para proteger os pets dos impactos dessa estação.
Assim como os humanos, cães e gatos sofrem com as mudanças climáticas. O aumento da umidade decorrente das chuvas, por exemplo, cria condições favoráveis para o desenvolvimento de problemas dermatológicos, especialmente nas patas.
Segundo Lucas Edel, professor de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Brasília (CEUB), a água acumulada entre os dedos das patas, em uma região chamada interdígitos, pode causar lesões na pele, aumentando a suscetibilidade a infecções por bactérias e fungos.
Para evitar essas complicações, Edel orienta que as patas dos animais sejam cuidadosamente secas após passeios em áreas molhadas. “Pode-se usar uma toalha seca e limpa. Em casos de pets com pelos longos, o uso de secador é indicado para eliminar qualquer resquício de umidade, evitando a proliferação de microrganismos”, explica o professor.
Embora calçados específicos para pets sejam vendidos como proteção, o especialista adverte que eles devem ser utilizados apenas em situações pontuais. Materiais como couro sintético ou tecidos podem reter a umidade dentro do calçado, agravando o problema. “O uso de sapatos deve ser restrito a casos como a proteção de lesões pré-existentes. Em condições normais, o contato direto das patas com o solo é preferível”, esclarece Edel.
Outro risco relacionado ao período chuvoso é a leptospirose, uma doença causada pela bactéria leptospira, presente na urina de ratos. Áreas com acúmulo de água, como poças e enchentes, representam perigo para os animais, que podem ser infectados ao entrar em contato com esses locais. O veterinário alerta que os tutores devem evitar que os pets permaneçam em áreas alagadas ou próximas a escoamentos urbanos.
Além dos cuidados com as patas e a prevenção contra a leptospirose, o monitoramento do comportamento dos animais é essencial. Alterações como coceira frequente, vermelhidão nas patas ou outros sinais de desconforto devem ser observadas e, se persistirem, avaliadas por um médico veterinário.
O verão, com suas características de calor e chuvas intensas, exige atenção redobrada dos tutores. Proteger os animais de estimação contra os impactos dessa estação não apenas previne problemas de saúde, mas também contribui para o bem-estar geral dos pets.
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