A Polícia Federal deve concluir em setembro o inquérito que apura a tentativa de golpe pelos ataques do 8 de janeiro.
Com a conclusão desse relatório, a PF terá encerrado todo o rol de investigações abertas contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), depois de um desfecho também nos casos de fraude no cartão de vacinas e das joias sauditas.
Além de Bolsonaro, a investigação tem como alvos:
- ex-ministros de governo — entre eles generais, como Braga Netto (Defesa) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) –,
- ex-comandantes das Forças Armadas,
- advogados,
- e blogueiros.
Sem citar nomes, investigadores afirmam que haverá indiciamentos.
O relatório vai trazer o detalhamento dos atos criminosos e a atuação individualizada dos investigados.
Vários prazos de conclusão já foram estimados para este inquérito. Já houve expectativa de finalizar em julho e agosto, por exemplo. Mas, nos últimos meses, a PF incluiu novas informações, como o compartilhamento de provas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Na avaliação de integrantes da PF, agora o relatório está muito perto de ficar pronto, o que deve ocorrer no próximo mês.
Em meio às especulações de que poderia haver prisões junto com os indiciamentos, há um entendimento na PF de que nenhuma ação policial pode interferir nas eleições.
Alinhada a isso, a Procuradoria Geral da República (PGR), responsável pela etapa de denúncia, também tem sinalizado que medidas mais duras ficariam para depois das eleições.
Um investigador da PF ressalta que, “no momento oportuno”, as prisões dentro desse inquérito irão ocorrer.
O relator do caso é o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Envie seu comentário