O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sinalizou a interlocutores que tende a indicar o nome do subprocurador-geral Paulo Gustavo Gonet Branco para ocupar o cargo de procurador-geral da República. A indefinição em torno da escolha do novo chefe da Procuradoria-Geral da República (PGR) já se arrasta há 50 dias.
Nas últimas semanas, a disputa pelo comando da PGR havia se afunilado entre o nome de Gonet, que tem o amplo apoio dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, e de Antônio Carlos Bigonha, que também é subprocurador-geral e era respaldado por alas do PT e integrantes do entorno de Lula.
Aliados do presidente contrários à escolha de Gonet falam em um empoderamento excessivo dos ministros do STF. O subprocurador-geral também conta com a preferência do ministro da Justiça, Flávio Dino, e agrada integrantes do Congresso. Interlocutores que acompanham de perto das conversas afirmam que o presidente parece estar convencido de que o vice-procurador-geral Eleitoral é a melhor escolha.
Além de Gonet e Bigonha, que desde antes do término do mandato de Aras, em setembro, são anunciados como favoritos, entraram no páreo nas últimas semanas os nomes dos também subprocuradores-gerais Aurélio Rios e Luiz Augusto Santos Lima. Relatos dão conta, porém, de que os novos nomes não chegaram a empolgar o presidente, que se voltou aos primeiros candidatos.
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