Presidente recém-eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) começa a definir a partir desta semana os nomes de seus futuros ministros e interlocutores de confiança para seu terceiro governo.
Durante a campanha, ele se cercou de petistas antigos que devem ter espaço em sua gestão, como a deputada federal Gleisi Hoffmann e o ex-ministro Aloizio Mercadante. Também deve acomodar novos e importantes aliados, como o vice Geraldo Alckmin (PSB) e a senadora Simone Tebet (MDB) —que embarcou na campanha após ser derrotada no primeiro turno.
Muita estrela para pouca constelação. Lula conseguiu reunir a maior aliança em torno do seu nome em todas as seis eleições que disputou: oficialmente, foram nove partidos (PT, PCdoB, PV, PSB, PSOL, Rede, Solidariedade, Avante e Agir), além de apoio do Pros e de parte do MDB e PSD já no primeiro turno. No segundo turno, somaram ainda PDT, Cidadania e outros integrantes do MDB.
Com a vitória, vem a hora da conta. O presidente eleito tem que equilibrar candidatos derrotados, como o ex-governador Márcio França (PSB), que concorreu ao Senado, e nomes que abriram mão da reeleição em prol da campanha nacional, como o deputado federal Márcio Macêdo (PT-SE).
Ainda não se sabe quem vai para qual cargo, mas há muitas pessoas de olho numa cadeira em Brasília. Entre apoiadores, até ontem (30), eles diziam só ter duas certezas em relação a Lula: as pastas não seriam distribuídas no período pré-eleitoral e ninguém será deixado para trás.
Não conversei com ninguém ainda, tenho muita gente na cabeça, mas não quero sentar na cadeira antes de ganhar as eleições. Primeiro tem que ganhar para depois montar equipe. Se montar agora eu arranjo mais inimigo do que amigo.”
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