Connect with us

Hi, what are you looking for?

Manaus,

Política

Indicados por Bolsonaro ao STJ só devem ser sabatinados no Senado após as eleições

Esvaziamento da Casa no período eleitoral e descontentamento de Alcolumbre podem manter indicações na gaveta
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O Senado deve segurar por pelo menos quatro meses as sabatinas dos nomes que foram indicados nesta segunda-feira (1º) pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para vagas de ministros do Superior Tribunal de Justiça, por causa do calendário eleitoral e também por descontentamento com os escolhidos.

A exemplo do imbróglio da indicação de André Mendonça para o Supremo Tribunal Federal no ano passado, que ficou mais de quatro meses na gaveta, a decisão está mais uma vez a cargo do presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). O parlamentar vem novamente sinalizando que não dará rapidez à tramitação.

O argumento oficial desta vez é o esvaziamento das atividades legislativas no período eleitoral, com a dificuldade de obtenção de quórum para votações.

No entanto, nos bastidores, muitos senadores também argumentam que preferem aguardar o resultado das eleições, pois acreditam que a escolha do próximo presidente pode inclusive alterar o cenário das indicações. Além disso, as escolhas de Jair Bolsonaro desagradaram alguns parlamentares, incluindo o próprio Alcolumbre.

Bolsonaro nomeou nesta segunda-feira (1º) os juízes federais de segunda instância Messod Azulay e Paulo Sérgio Domingues para o STJ

Ele fez a escolha a partir de uma lista quádrupla votada pelo STJ e enviada ao Palácio do Planalto em maio —os juízes Ney Bello e Fernando Quadros foram preteridos.

A rejeição a Bello representa uma vitória do ministro do Supremo Tribunal Federal Kassio Nunes Marques, que trabalhou para vetar o nome do magistrado que atua no TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região). Os dois magistrados trabalharam juntos no tribunal. Por outro lado, também indica uma derrota do também ministro do STF Gilmar Mendes, além de ter desagradado alguns senadores.

Agora cabe ao Senado realizar sabatinas, primeiramente na Comissão de Constituição e Justiça e na sequência no plenário da Casa. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já havia indicado que vai repassar a mensagem presidencial com as indicações para a CCJ assim que as receber formalmente.

No entanto, alguns líderes partidários do Senado consideram improvável que as sabatinas aconteçam antes das eleições. Isso porque tanto na CCJ como no plenário há a exigência de um quórum especial e votação favorável da maioria absoluta.

Click to comment

Envie seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *