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Datafolha: ótimo para Lula, bom para Bolsonaro, péssimo para o Brasil

Os números são praticamente os mesmos, e oscilaram muito pouco – dentro da chamada margem de erro, de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Crédito: Evaristo Sa/AFP

A mais recente pesquisa eleitoral divulgada pelo instituto Datafolha na noite desta quinta-feira (23) não trouxe nenhuma grande novidade. Ao contrário. Os números são praticamente os mesmos, e oscilaram muito pouco – dentro da chamada margem de erro, de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Se a eleição fosse hoje, Lula da Silva, a quem orgulhosamente chamo de ‘meliante de São Bernardo’, venceria ainda no primeiro turno, com 53% dos votos válidos. O chefão petista tem hoje 47% das intenções de voto na pesquisa estimulada. Há meses tal quadro não se altera substancialmente, o que indica forte tendência de realização.

A melhor notícia para o descondenado, no entanto, vem da manutenção de seus números, a despeito das seguidas trapalhadas eleitorais. Em eventos políticos Brasil afora, o líder do petrolão tem dado declarações desastrosas, ora defendendo ladrões de celular, ora confessando apoio a sequestradores, ora ainda prometendo regulação da imprensa.

Já o verdugo do Planalto, Jair Bolsonaro, se não tem muito a comemorar sob o aspecto de chance de vitória, ao menos pode ficar feliz por não ter desabado na pesquisa estimulada, e mantido cerca de 30% das intenções de voto – na verdade, 28%. Sim, porque motivos não faltam. O devoto da cloroquina mostra uma resiliência danada, se querem saber.

A inflação explodiu, o preço dos combustíveis idem, suas confusões institucionais aumentaram, a crise na Petrobras atingiu os píncaros do Everest, enfim, o inferno astral do amigão do Queiroz não termina, mas mesmo assim ele mantém fiel o gado, ops!, desculpe, eleitorado e sedimenta uma espécie de piso, chova ou faça sol. É para comemorar, sim.

Por fim, a pior notícia fica mesmo para o grande perdedor da rodada: o Brasil. A chance de uma terceira via, que era praticamente nula, torna-se cada vez mais improvável. Ciro Gomes oscilou para baixo (8%), Simone Tebet continua quase sem pontuar (1%), assim como Luiz Felipe D’avila, do Novo, que nem sequer pontuou.

Dessa forma, ao que parece, a disputa se dará mesmo entre um ex-presidiário de 76 anos, amante de ditadores e ditaduras, mais mofado que edredom de casa de praia, e um sociopata ignorante, autocrata e golpista, incapaz de somar dois com dois e encontrar quatro. Assim, nosso futuro, independentemente de quem ganhar, já está selado entre o péssimo e o horroroso.

 

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