O governador do Amazonas, Wilson Lima, garantiu, na noite desta quarta-feira (05/03), junto ao presidente do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), Rodrigo Agostinho, prorrogação de prazo para o cumprimento de decisões judiciais e administrativas que determinam a retirada de rebanhos que estão em duas áreas embargadas nos municípios de Manicoré e Lábrea, no Sul do estado.
O governador e o presidente do Ibama se reuniram na sede do instituto em Brasília (DF). Nos últimos dias, agentes do Ibama notificaram produtores dessas duas áreas para que as decisões sejam cumpridas, o que teria que ser feito daqui até cinco dias. Agora, os produtores poderão solicitar ao Ibama a prorrogação desse prazo.
Somados, os rebanhos dessas áreas não chegam a 2,5 mil animais, segundo Rodrigo Agostinho.
“Corria-se muita notícia, muita fake news, o que causou muita animosidade naquela região, que seria retirado todo gado, que todo mundo seria afetado e não é bem assim. Mesmo nas áreas que foram notificadas, o presidente do Ibama me garantiu que vai dar o prazo necessário para que essas pessoas possam buscar a Justiça para que o seu direito seja reestabelecido”, disse o governador.
Wilson Lima e Rodrigo Agostinho destacaram que o Estado e o Ibama estão dialogando e que o bom senso é a melhor opção para superar os entraves. “Quem pedir prorrogação de prazo, nós vamos conceder. Foi um pedido do governador”, frisou Agostinho.
“O estado do Amazonas é o estado mais conservado do mundo. Mas a gente percebeu que nos últimos meses aumentou significativamente o desmatamento na região de Lábrea, Manicoré e Boca do Acre. O Ibama voltou a atuar e atuar com muita força, mas isso não quer dizer que a gente não vai trabalhar com bom senso”, completou o presidente do Ibama.
Além dessas duas áreas onde há decisões para retirada do rebanho, há outras 17 onde o órgão identificou infrações e pede os cumprimentos de notificações.
Participaram da reunião os secretários estaduais de Meio Ambiente, Eduardo Taveira, e Produção Rural, Petrucio Magalhães, além do presidente do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), Juliano Valente.
Zoneamento Econômico Ecológico
Ainda nesta quarta-feira, o governador determinou início de estudos para o Zoneamento Econômico Ecológico (ZEE) com o objetivo de identificar e delimitar potencial produtivo do Amazonas, a começar pelo Sul do estado.
Wilson Lima afirma que o ZEE é um instrumento que possibilita o equilíbrio entre o desenvolvimento e a sustentabilidade e, por isso, determinou prioridade no estudo, que tem investimentos previstos de R$ 45 milhões em recursos do Governo do Amazonas e parcerias.
O Zoneamento Ecológico Econômico, que integra a Política Nacional do Meio Ambiente, consistirá em um processo dinâmico de identificação, controle e avaliação das potencialidades ecológicas, sociais e econômicas do Amazonas.
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