Não foi vandalismo. Foi um ato terrorista o incêndio de duas aeronaves do Ibama em Manaus na madrugada desta segunda-feira. Assim como foi um ato terrorista o atentado contra a viatura da Polícia Civil que carregava presos para audiência de custódia em frente ao fórum Henoch Reis em 6 de janeiro. Os fatos são diferentes e se distanciam pelos objetivos, mas são correlatos pela violência e por terem como alvos o patrimônio público.
No primeiro, vidas foram ceifadas. No segundo, prejuízo de milhares de reais.
Não bastam notas de repúdio. O governo federal tem que tratar o problema com a seriedade que o caso exige, ou não encontrará culpados para punir de forma exemplar lá na frente, que é o que a sociedade espera.
Insinuar precipitadamente que os incêndios teriam sido provocados a mando de garimpeiros como retaliação as ações do Ibama na região é de uma irresponsabilidade sem limites.
Num país dividido, radicalizado, há grupos claramente dispostos a testar os limites das instituições.
E esse atentado é um sinal muito grave de que há planos sinistros sendo colocados em prática e que precisam ser contidos no seu nascedouro, com ação severa da polícia e da justiça.
Há em todos essas atos – do ataque a um carro da PC ao incêndio dos helicópteros do ibama, ainda que por agentes aparentemente diferentes, uma tentativa deliberada e ousada de sequestrar a democracia, de implantar o medo e desestabilizar as instituições.
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