As manobras de cinco dias “Han Kuang” (“Glória de Han”, em tradução livre) deste ano incorporaram lições do conflito na Europa, copiando “todas as ações possíveis” que a China pode tomar para invadir Taiwan, de acordo com o Ministério da Defesa.
O governo chinês ameaça anexar a ilha democrática vizinha de Taiwan, que considera parte de seu território – inclusive à força, se necessário.
Durante um exercício para impedir o acesso do inimigo à capital do território, Taipei, reservistas armados com metralhadoras atravessaram, nesta segunda, trincheiras de areia escavadas debaixo de uma ponte, antes de passarem para a posição de fogo.
“Os ‘bunkers’ subterrâneos fornecem cobertura para as tropas e repelem as forças inimigas”, disse Su Tzu-yun, especialista militar do Instituto de Pesquisa de Segurança e Defesa Nacional de Taiwan.
“Fazem parte da guerra urbana na Ucrânia”, acrescentou.
Mísseis Stinger, eficazes contra helicópteros e aviões que voam a baixa altitude, também foram instalados em alguns arranha-céus na região, completou.
Esses foguetes portáteis foram de grande ajuda para as forças ucranianas contra o Exército russo.
Além disso, as ruas de várias cidades do norte do país foram liberadas por meia hora como parte de um exercício que simulava um ataque aéreo. Pedestres e carros foram impedidos de se deslocar depois que sirenes e alertas de mensagens de texto sinalizaram ataques com mísseis simulados.
As relações de Taiwan com a China têm sido frias desde que a presidente Tsai Ing-wen chegou ao poder em 2016. Para ela, a ilha é uma nação soberana que não faz parte da China.
Envie seu comentário