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Suframa: Autarquia celebra quase 60 anos de história

Relevância da Zona Franca de Manaus foi consolidada ao longo dos anos, tanto na Amazônia quanto no País, graças ao trabalho coletivo de trabalhadores, investidores, gestores e demais envolvidos.
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Fotos: Suframa/Divulgação

A Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) comemora nesta sexta-feira (28) 58 anos de atuação diligente em prol da integração e do desenvolvimento de sua área de abrangência: Estados da Amazônia Ocidental (Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima) e Estado do Amapá. Criada pelo Decreto Lei nº 288, de 28 de fevereiro de 1967, a Autarquia do governo federal brasileiro conseguiu, ao longo de quase seis décadas, atuar diretamente na implementação de um dos projetos de desenvolvimento regional mais bem-sucedidos da história do País e que, hoje, também é reconhecido globalmente por suas relevantes contribuições para a sustentabilidade da Amazônia e, consequentemente, do planeta.

O normativo que criou a Suframa também promoveu a reformulação das bases da Zona Franca de Manaus (ZFM), a qual havia sido instituída, na década de 1950, por iniciativa do deputado federal Francisco Pereira da Silva, o “Pereirinha”, que apresentou Projeto de Lei à Câmara Federal da época para viabilizar a implantação de um porto alfandegado na região. Esta ação pioneira lançou as bases para a instituição de um projeto de desenvolvimento que, após 58 anos, transformou-se na principal força motriz de crescimento da Amazônia Ocidental e do Amapá, não apenas viabilizando a implantação de um Polo Industrial que faturou o o montante recorde de R$ R$ 204 bilhões em 2024 e gerou mais de 120 mil empregos diretos, como também vem contribuindo para reduzir desigualdades regionais, impulsionar a economia regional e nacional e elevar o padrão de qualidade de vida de milhões de brasileiros.

História

Inicialmente, a ZFM foi concebida como um porto livre para o armazenamento, beneficiamento e retirada de produtos estrangeiros, com o objetivo de incentivar a economia local. Com o Decreto-Lei nº 288, de 1967, o presidente Castello Branco reconfigurou a Zona Franca, transformando-a em um centro industrial, comercial e agropecuário. Esta mudança visava impulsionar o crescimento da região, superando os desafios ocasionados pelas deficiências de infraestrutura e pela distância dos principais centros consumidores.

O impacto da ZFM foi ampliado no ano seguinte, em 1968, quando o governo federal estendeu os benefícios da Zona Franca à Amazônia Ocidental, por meio do Decreto Lei nº 356. A medida expandiu as vantagens fiscais para além de Manaus, buscando fortalecer a economia da região. Em 1975, a criação do Decreto Lei nº 1.435 promoveu incentivos fiscais para a industrialização de produtos com matérias-primas oriundas da Amazônia Ocidental, com a intenção de dinamizar a economia local e estimular investimentos em uma área estratégica do País. Esses incentivos se estenderam em 1991, com a Lei nº 8.387, que criou a Área de Livre Comércio de Macapá-Santana, ampliando ainda mais o alcance da política de desenvolvimento, ao incluir o Amapá e, ao mesmo tempo, intensificando os estímulos para o setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), exigindo contrapartidas em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I).

A relevância da Zona Franca de Manaus foi reforçada ao longo dos anos com a prorrogação dos incentivos fiscais. Inicialmente estabelecidos até 1997, os benefícios foram estendidos em 1986, 1988 e, mais recentemente, em 2014, com a previsão de vigência até 2073, em reconhecimento ao seu papel vital para o desenvolvimento socioeconômico e ambiental da região.

Um dos marcos recentes mais relevantes foi a Reforma Tributária, cujo projeto de regulamentação já foi aprovado pelo Congresso Nacional e garantiu, em seu texto, a manutenção das principais vantagens comparativas e competitivas da Zona Franca de Manaus. Dessa forma, espera-se que a ZFM continue sendo um pilar essencial para o crescimento e para a diversificação econômica do Amazonas e da Amazônia Ocidental, consolidando-se cada vez como uma das mais importantes políticas de desenvolvimento regional e de preservação ambiental do Brasil.

Diversificação e preservação

Além dos seus impactos econômicos virtuosos, a Zona Franca de Manaus se destaca também por suas contribuições ao meio ambiente. A concentração da atividade industrial em uma área geograficamente delimitada, com uso mínimo de recursos florestais, impactou significativamente na preservação da biodiversidade local. Estima-se que, graças a essa estratégia, 98% da mata nativa do Amazonas esteja preservada.

Responsável pela administração dos incentivos fiscais da ZFM, a Suframa também desempenha um papel fundamental na busca por alternativas para o desenvolvimento sustentável da região. Ao longo de sua história, a Autarquia investiu em projetos de aproveitamento da biodiversidade e estabeleceu parcerias estratégicas com instituições públicas e privadas, tanto no Brasil quanto no exterior. Esses investimentos contribuíram para a expansão da infraestrutura local e para o fomento de programas educacionais de especialização, mestrado e doutorado, que buscam qualificar a mão-de-obra da região para novos desafios.

Avaliação

O superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, ressalta o momento especial em que a Suframa completa 58 anos de existência. “Temos perspectivas muito positivas não apenas para o crescimento da forte base que já existe, representada pelo Polo Industrial de Manaus, mas também para a diversificação da economia regional a partir da bioeconomia, de investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação e de outros setores estratégicos, como turismo, mineração sustentável, setor primário e outras frentes. A Suframa já é uma instituição bastante amadurecida, com um corpo técnico de grande qualidade, e sem dúvidas continuará cumprindo seu papel da melhor forma e seguindo todas as diretrizes do governo federal no que diz respeito, principalmente, à busca pela redução da pobreza, pela geração de emprego e renda e pela ampliação de oportunidades diversas de crescimento para a população e o setor produtivo. Temos confiança que a Zona Franca de Manaus continuará a ser um modelo de desenvolvimento regional que integrará os aspectos econômicos, ambientais e sociais, e permanecerá como ponto de referência para o crescimento sustentável do Amazonas e da Amazônia Ocidental”, destacou Saraiva.

Projetos para 2025

Para seguir o curso do que vem fazendo, por meio da atual gestão, a Suframa projeta para 2025 incentivar a modernização das empresas, com a implantação da Indústria 4.0; implantação da Lei de Informática da Zona Franca de Manaus com fomento à propagação dos institutos de pesquisa, desenvolvimento e inovação para alcançar, definitivamente, a industrialização dos produtos amazônicos; estreitar cada vez mais os laços com aqueles empreendedores que também estão vindo se instalar no PIM; continuar a levar informações aos que já estão instalados, por meio da Jornada de Integração Regional e Interiorização do Desenvolvimento; e também amenizar o problema das terras da Autarquia invadidas, por meio da regularização fundiária, tanto no Distrito Industrial quanto no Distrito Agropecuário.

“Vamos ter grandes avanços em 2025 em relação a essas temáticas, além de seguir com a modernização dos sistemas da Suframa. Vejam, há dados que hoje disponibilizamos, como o de faturamento e mão de obra, que são feitos por um programa de computador dos anos 1980. Isso não pode continuar! É preciso que a gente avance no tempo e se modernize! Em novembro do ano passado, conseguimos fechar contrato com uma nova fábrica de software, de desenvolvedores de novos sistemas, para que as pessoas não precisem vir aqui à Suframa para pegar informações, mas sim realizar o procedimento apenas acessando o site da Autarquia. O que nós queremos é ter um formato de administração eficiente.

A reforma tributária e o resultado de todas as decisões tomadas acerca dela e que mantiveram a “sobrevivência” da Zona Franca de Manaus até 2073, trouxeram resultados positivos para a atração de novos investimentos, de acordo com o superintendente. “Em 2024, nós conseguimos sair de R$ 175 bilhões para R$ 204 bilhões de faturamento, e saímos de 114 mil para 128 e 700 de trabalhadores diretos. Quer dizer, crescemos 14 mil novas vagas no Polo Industrial. Ainda em dezembro, graças ao apoio da nossa bancada – o senador Omar (Aziz) foi fundamental no trabalho de articulação no Congresso Nacional -, nós aprovamos a regulamentação da reforma tributária. Resultado disso é que, no último mês de janeiro recebemos várias consultas informais sobre os nossos incentivos, a nossa segurança jurídica, a possibilidade de instalação na nossa cidade – e aqui eu faço um parêntese: a cidade precisa estar pronta para a chegada de novas empresas, novas indústrias que deverão se instalar por aqui”, alertou.

Sobre a nova rota rodo-fluvial, a partir do Porto de Chancay, no Peru, o superintendente ressalta que ela será importante para o transporte dos insumos e escoamento da produção. “Já estamos trabalhando o alfandegamento de Tabatinga (município amazonense localizado no Alto Solimões), que já está bem avançado, para que a gente possa ter facilidade na entrada e saída de insumos e produtos em Tabatinga pelo Rio Solimões, que liga com Peru e Colômbia”, informa.

Por fim, o superintendente Bosco Saraiva destaca a importância de se discutir práticas referentes à questões ambientais, de impacto social e de aprimoramento da governança. No próximo dia 21 de março, a Autarquia realiza o 2º Fórum ESG (Environmental, Social and Governance) Amazônia, em parceria com o Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (Cieam).

“O ESG está no nosso dia a dia e é um conceito cada vez mais relevante, que resulta em compromisso com a sustentabilidade, traz segurança para o investidor, para a empresa e a sociedade em geral. Temos levado essa mensagem nas visitas que fazemos às fábricas. E esse novo evento na Suframa representa o compromisso da instituição com a causa e com todos”, sintetiza o superintendente.

Prefeito

O prefeito de Manaus, David Almeida, parabeniza a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) pelos 58 anos de sua fundação, celebrados nesta sexta-feira, 28/2. Para o chefe do Executivo municipal, a autarquia tem desempenhado, ao longo de quase seis décadas, um papel fundamental no processo de industrialização sustentável da região, gerando empregos e promovendo o desenvolvimento não apenas na capital, mas também nos municípios do Amazonas.

“Parabenizo a Suframa, representada pelo superintendente Bosco Saraiva, por completar 58 anos de uma trajetória marcada por conquistas e contribuições significativas. A gestão reconhece e apoia esse modelo exitoso e pujante, que tem deixado um legado de inovação, realizações e progressos sociais, econômicos e ambientais. São marcas que perpetuaremos para as futuras gerações, assim como a história de sucesso da Zona Franca de Manaus”, destacou Almeida.

CMM 

A Câmara Municipal de Manaus parabeniza a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) pelos seus 58 anos de atuação, contribuindo significativamente para o desenvolvimento econômico e social da região.

A Casa Legislativa reconhece a importância da Suframa na geração de empregos, no fortalecimento da economia local e na promoção da sustentabilidade da Zona Franca de Manaus.

A CMM reforça o compromisso em apoiar iniciativas que fortaleçam o desenvolvimento regional e ressalta a importância do trabalho dos colaboradores e gestores que fazem parte dessa trajetória.

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