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Subida do Rio Negro em Manaus não representa fim da seca, diz SGB

Rio bateu recorde de baixa no dia 9 deste mês, quando chegou a 12,11 metros
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Foto: Michael Dantas / AFP

Desde o início da semana, o Rio Negro, em Manaus, tem registrado oscilações positivas no nível da água. A subida começou no último domingo (13), quando o Porto de Manaus registrou o aumento de 1 centímetro no nível da água.

De lá pra cá, as subidas ganharam mais força nesta quinta feira (17), e o Rio Negro chegou a encher 5 centímetros, chegando a marca de 12,25.

Apesar de favorável, a subida é parte do processo de vazante, conforme esclarece a pesquisadora do Serviço Geológico Brasileiro (SGB), Jussara Cury. “O Rio Negro está passando por uma diminuição dessa intensidade de descida, estabilidade e até pequenas elevações, mas ainda não é o final da estiagem. Precisamos de chuvas consistentes e distribuídas tanto na região de cabeceira quanto na parte central da bacia para a recuperação dos níveis”.

No dia 4 deste mês, o Rio Negro chegou a 12,66 metros, superando assim o que até então era a marca histórica de vazante de 12,70. Desde então, o rio seguiu baixando na capital, batendo seu próprio recorde dia após dia, até chegar a 12,11 metros na última quarta feira (9), configurando um novo recorde histórico.

Comportamento similar foi observado em outras partes da Bacia do Amazonas, como na região do Rio Solimões.

Em Tabatinga (AM), o rio apresentou estabilidade e voltou a subir alcançando a cota de 1,71 metros nesta terça-feira (15). No entanto, alguns trechos tiveram novas mínimas após terem estabilizado. É o caso do trecho de Fonte Boa, onde o Solimões apresentou redução, chegando à mínima de 7,14 metros. Na estação de Manacapuru, cidade mais próxima à Manaus, o rio chegou ao recorde de 2,06 metros na sexta-feira (12) segundo a Defesa Civil Estadual.

Mesmo diante das variações positivas, os níveis dos rios na Bacia Amazônica seguem em situação crítica de vazante.

A estimativa do Governo do Amazonas é de que mais de 800 mil pessoas já foram afetadas diretamente pela crise hídrica no estado. Comunidades ribeirinhas, que dependem dos rios para locomoção, pesca e abastecimento de água, continuam enfrentando dificuldades.

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