O Ministério Público do Amazonas (MPAM) instaurou um inquérito civil para investigar suspeitas de irregularidades em licitações da Prefeitura de Nhamundá, município a 382 quilômetros de Manaus. A investigação apura o possível envolvimento do sobrinho da prefeita Marina Pandolfo (União Brasil) em um esquema que o beneficiaria como empresário em contratos com a gestão municipal.
Sobrinho com múltiplos papéis levanta suspeitas
Segundo a denúncia, o sobrinho da prefeita, além de atuar como servidor no setor de compras e auxiliar de pregoeiro, seria proprietário da empresa Y de Andrade Vidal (CNPJ 31.202.011/0001-88), vencedora de diversas licitações na atual gestão.
Um dos contratos sob investigação, no valor de R$ 226.661,68, seria para a reforma de prédios públicos, como a Casa do Magistrado, o Fórum e o INSS. No entanto, a denúncia aponta que as obras já haviam sido concluídas e inauguradas antes da licitação, conforme publicações nas redes sociais da prefeitura.
MPAM cobra explicações da prefeita
A promotora de Justiça Ana Carolina Arruda Vasconcelos, responsável pela investigação, determinou que a prefeita Marina Pandolfo apresente, em 15 dias, explicações sobre as denúncias. O MPAM quer esclarecer quem realizou os serviços de reforma antes da licitação e quem custeou os materiais e a mão de obra.
A promotora também requisitou informações sobre o vínculo do proprietário da empresa Y de Andrade Vidal com a prefeitura, caso ele seja ou tenha sido funcionário do município.
Prefeita já é alvo de outras investigações
Marina Pandolfo já foi alvo de outras investigações do MPAM, incluindo suspeitas de má administração de recursos para o combate à Covid-19 e contratação de lobista para recuperação de royalties de petróleo. O Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) também reprovou as contas da prefeita em 2022.
Além disso, a prefeita foi multada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM) por suspeita de compra de votos nas eleições do ano passado.

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