O Sindicato dos Petroleiros do Amazonas (Sindipetro-AM) fez uma denúncia nas redes sociais contra a Refinaria do Amazonas (REAM) após a decisão da empresa de demitir cerca de 75 trabalhadores de sua base operacional. A medida representa uma redução de aproximadamente 20% no efetivo da refinaria e, segundo o sindicato, compromete diretamente a continuidade das atividades de refino, principal função da planta.
De acordo com o Sindipetro-AM, além de colocar em risco a segurança e a operação da unidade, as demissões configuram um possível descumprimento de cláusulas regulatórias e condicionais firmadas no processo de venda da refinaria, anteriormente pertencente à Petrobras. A privatização da unidade, concluída em 2022, estabelecia compromissos com a manutenção de empregos e a garantia da continuidade operacional.
A denúncia foi encaminhada a órgãos de controle e fiscalização, como o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O sindicato também enviou ofícios ao Ministério de Minas e Energia e ao Ministério Público do Trabalho (MPT), solicitando a apuração dos impactos sociais, econômicos e operacionais da decisão da REAM.
“A redução drástica no efetivo coloca em risco não apenas a operação da refinaria, mas também a segurança dos trabalhadores e da comunidade do entorno. É uma decisão que viola acordos e ignora o diálogo com os sindicatos”, afirmou a direção do Sindipetro-AM em nota.
Posicionamento da REAM
Em nota enviada à imprensa, a Refinaria da Amazônia afirmou que, após a aquisição do ativo em dezembro de 2022, ampliou temporariamente o quadro de profissionais para assegurar uma transição segura na gestão, com a contratação de consultores para formação das equipes. Com a consolidação das operações e ganhos de produtividade, a empresa considerou indispensável a adequação do efetivo.
“A empresa reafirma seu compromisso com a segurança energética da Região, com a responsabilidade social e com a transparência em suas decisões. O abastecimento de combustíveis segue o curso normal do processo, sem risco de desabastecimento e de forma eficiente”, destacou a REAM.
Matéria atualizada às 17h19.

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