Por G1
A sinalização do presidente Jair Bolsonaro de que pode sancionar a previsão de R$ 2 bilhões no Orçamento de 2020 para financiamento de campanhas eleitorais tem irritado aliados e preocupa assessores do “núcleo duro” do Ministério da Justiça, comandado por Sergio Moro.
Agora, a sanção do aumento de dinheiro público destinado a campanhas eleitorais será, novamente, um gesto do presidente ao Congresso para evitar se indispor com parlamentares. Tal aceno contraria o seu próprio eleitorado de Bolsonaro.
A base de apoio do presidente frequentemente mira nas redes sociais parlamentares como “adversários” do combate à corrupção, uma das bandeiras de campanha de Bolsonaro.
O presidente tem até o dia 20 de janeiro para tomar a decisão.
O fundo eleitoral, financiado com dinheiro público, foi criado por lei em 2017, após a proibição de doações de empresas para campanhas políticas.
O Congresso aprovou em dezembro o Orçamento com os R$ 2 bilhões propostos pelo próprio governo para o fundo. O relator do Orçamento, deputado Domingos Neto (PSD-CE), chegou a defender um valor de R$ 3,8 bilhões, mas optou por manter o valor sugerido pelo governo.

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