MANAUS (AM) – O aumento de R$ 0,60 no preço da gasolina, registrado em postos de Manaus nesta segunda-feira, 15, é o maior desde a privatização da Refinaria Isaac Sabbá, rebatizada pelo grupo Atem de Refinaria da Amazônia (Ream) em dezembro de 2022, quando a empresa assumiu a administração da instalação.
Até semana passada, o derivado de petróleo era vendido a R$ 6,29 e passou a ser comercializado ainda neste fim de semana por R$ 6,89. Nesses dois anos de privatização, a gasolina comum subiu R$ 5,19 para R$ 6,31, conforme dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
O aumento foi de 21% no Amazonas desde que o Atem assumiu a refinaria localizada em Manaus. Os dados consideram o período do dia 4 de dezembro de 2022 ao dia 30 de junho deste ano. Se considerar o aumento desta semana, a elevação é de R$ 32%.
Gráfico com variação da gasolina no Amazonas desde a privatização. (Reprodução/ANP)
Com a privatização, a empresa adotou o Preço de Paridade Internacional (PPI) na cobrança do refino. Essa política de preço, já abandonada pela Petrobras, considera as variações da cotação do dólar e do barril do petróleo no mercado internacional e as repassa ao consumidor final. Contudo, o Atem justifica que não tem gerência sobre os preços da revenda nos postos.
A CENARIUM mostrou na última quinta-feira, 11, que o grupo Atem aumentou de R$ 3,36 para R$ 3,51 o preço do refino da gasolina comum e aditivada. O maior patamar do ano registrado no último dia, 5.
A partir da sexta-feira, 12, o preço do refino caiu de R$ 3,51 para R$ 3,46. Uma variação para baixo de 1,44%. A Ream reajusta o refino dos derivados de petróleo às sextas-feiras em seu site oficial.
O preço estabelecido pela Ream já inclui impostos federais, porém exclui o ICMS estadual, que é adicionado posteriormente na etapa de revenda e distribuição. Na composição do preço final da gasolina, estão inclusos R$ 0,71 de impostos federais, R$ 1,37 de ICMS estadual, R$ 0,68 do etanol anidro adicionado ao combustível, além dos lucros das distribuidoras e revendedores, que no Amazonas chegam a R$ 1,42, conforme dados da Petrobras.
A Refinaria da Amazônia (Ream) abastece seis Estados da Região Norte, com exceção do Tocantins. Além da administração da refinaria, o grupo Atem também opera nos setores de distribuição e revenda de combustíveis, juntamente com outras empresas como Ipiranga, Equador e Raízen (bandeira da Shell).
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