Connect with us

Hi, what are you looking for?

Manaus,

Política

‘Quem está no governo tem que dar conta do recado’, diz Eduardo Braga

Do Em Tempo 

Em entrevista ao Portal EM TEMPO, o senador Eduardo Braga (MDB)  falou sobre a atuação no Senado e opinou sobre as questões da econômicas que envolvem as reformas da previdênca e tributária. Além disso, Braga destacou a importância da manutenção da Zona Franca de Manaus e a questão da criação de empregos. 

EM TEMPO – Como está o trâmite para manter o Polo Industrial de Manaus (PIM) e como o senhor vê a questão das reformas que estão sendo executadas pelo governo federal?

Eduardo Braga –  Acho que o presidente Bolsonaro não é contra a Zona Franca, mas delegou ao Posto Ipiranga toda a autonomia na área da economia, em que o Posto Ipiranga é contra a Zona Franca de Manaus. O ponto de vista manifestado é que acham que incentivo fiscal não é bom para o Brasil, acham que o bom é abrir a economia, pois a a indústria brasileira vai aprender a concorrer com a indústria chinesa. Eu acho que se o Brasil fizer isso, vai acontecer com o Brasil o que está acontecendo com Venezuela, com a Argentina, pois economia da Venezuela deixou de ter uma indústria local forte, a partir do momento que o preço do petróleo subiu e passaram a importar muitos produtos que acabaram com a indústria local. E a argentina em determinado período quebrou e passou a ser um pais importador.

EM TEMPO – O senhor acha que a reforma tributária afetará a Zona Franca de Manaus?

Eduardo Braga – Acho que nenhum dos radicalismos estão certos. Existe uma reforma Tributária apresentada no Senado que respeita a Zona Franca de Manaus e as vantagens comparativas. A Reforma Tributária terá início no Senado, que será a Casa revisora da reforma, o que é um grande alivio para o Amazonas, pois o senado apresenta senadores apoiadores da Zona Franca de Manaus e da Amazônia, o que garante uma segurança política maior.

EM TEMPO – Com essas reformas, será possível criar mais empregos?

Eduardo Braga – Estamos precisando de crédito e financiamento, nós precisamos aprovar uma reforma tributária que reduza a carga tributária para voltar a gerar emprego e renda no país. Reforma tributária e previdência sozinhas não vão gerar empregos. É necessário  que exista recursos para financiar com juros baixos as empresas e obras de infraestrutura que o pais precisa. Isso irá gerar um círculo virtuoso de geração de economia para gerar emprego e renda de forma sustentável. Não será apenas em um ano que iremos crescer para retomar o tempo perdido desde 2010 até agora.

EM TEMPO – O atual governo vai conseguir melhor negociação com outros países, após a aprovação dessas reformas?

Eduardo Braga: O cenário internacional não é um dos melhores e isso atinge diretamente o Brasil. Não temos um cenário internacional favorável ao crescimento econômico. Mas o mercado interno brasileiro é muito grande. Se fizermos o nosso papel independentemente do governo e apenas pensando no Brasil e no brasileiro, eu acredito que a partir de 2020 vamos começar a sair da crise.

Precisamos combater a corrupção com transparência e exercer o estado democrático de direito para todos exercerem seus direitos, sem autoridades. O Brasil é um país muito grande e tem a 8º economia no mundo. E hoje todos nós precisamos discutir a Reforma da Previdência, pois ou resolve o problema ou o Brasil vai à falência.

Com a Reforma da Previdência e uma sinalização boa da reforma tributária para valer em 2021, o cenário vai mostrar ao mundo que o Brasil é um lugar seguro e confiável para investir e consequentemente vai fazer com mais empregos surjam, melhore na infraestrutura, na saúde, melhore na infraestrutura, que o país volte a investir e a qualidade de ensino suba e outras coisas.

Quem está gerindo a política pública tem que ter prioridades na saúde, da educação, na infraestrutura. Para o brasil gerar emprego e o povo ter saúde para trabalhar e viver melhor e ter uma educação que garanta uma preparação melhor aos brasileiros.

EM TEMPO – O senhor citou corrupção e foi citado na Lava-Jato, mas disse ter provado sua inocência e contou com 648 mil votos para reeleição como Senador. Tivemos escândalos na saúde no Amazonas, um novo governador, mas fomos classificados como a 5ª capital mais perigosa. Como avalia tudo isso? 

EB– Acho que quem está no governo tem que dar conta do recado. Não pode deixar o Amazonas se transformar nessa situação que está, que não acontece há muitos anos, não importa se é novo ou velho. Tem que ser competente.

Em relação a ser citado, eu tenho 38 anos de vida pública. Não tenho condenação na minha vida. Neste pais ninguém prova e apresenta nada e é julgado. O povo sabe quem eu sou, o povo sabe de onde eu sou e dei conta do recado em todos os cargos em que estive. Construímos uma Manaus mais moderna, que não tinha sistema viário, infraestrutura, melhoramos o saneamento, fizemos as escolas do município ganharem novos conceitos. Os serviços de transporte público apresentavam bons resultados. Fiz Prosamim e tantas outras coisas. Tenho uma história e um serviço prestado ao Amazonas. Por isso consegui disputar uma reeleição para voltar ao Senado da República.

EM TEMPO  –  Quando o senhor foi Ministro de Minas e Energia, apresentou um projeto de placa solar. O que foi esse projeto?  

EB– Quando eu era ministro de Minas e Energia, nós idealizamos um modelo inovador para os reservatórios de Balbina. E na terça feira (6), o presidente Jair Bolsonaro foi até ao reservatório de Sobradinho, na Bahia, para inaugurar o primeiro reservatório solar sobre flutuares nos reservatórios. Isso representa uma nova Itaipu para o Brasil sem derrubar árvores, usando as subestações que já existem e utilizando as linhas de transmissão que já existem e hoje estão sendo subutilizados. 

Click to comment

Envie seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *