O rio Purus nasce em Ucayali, no Peru, passa pelos estados do Acre e do Amazonas, desembocando no caudaloso rio Solimões.
É afluente da margem direita do Solimões e, com suas águas barrentas, ricas em minerais e nutrientes, fertiliza suas várzeas, possibilitando uma agricultura florescente para os ribeirinhos.
Sua bacia hidrográfica tem mais de 63 mil quilômetros quadrados, e sua extensão, da nascente até a foz, mede aproximadamente 3.200 km.
Sempre foi um eixo vital no abastecimento dos municípios de Boca do Acre, Pauini, Canutama, Lábrea, Tapauá e Beruri, além de ser fundamental no escoamento da produção agrícola e pesqueira. Milho, farinha, feijão-de-praia, jerimum, melancia, batata-doce e os mais variados tipos de peixes são produzidos todos os anos no Purus.
Estima-se que 40% do peixe de água doce consumido em Manaus venha do rio Purus, de seus afluentes e lagos.
No ciclo da borracha, rivalizava com o rio Juruá na produção de borracha, sernambi, balata, castanha, couros e peles. Sua borracha era de alta qualidade (extrafina).
Milhares de toneladas desses produtos da floresta foram exportadas do Purus para o resto do mundo, beneficiando, sobretudo, o Brasil, já que a borracha era o principal produto das exportações brasileiras, impulsionado pela indústria automobilística e pela Segunda Guerra Mundial.
Hoje, além do peixe e dos produtos agrícolas, a região do Purus possui, em sua economia, uma exuberante pecuária de corte, desenvolvida nas áreas de terra firme, sobretudo em Boca do Acre, onde há um moderno frigorífico abatedouro. Manaus é o principal destino dessas carnes de excelente qualidade.

Envie seu comentário