O presidente Jair Bolsonaro (PL) foi recebido em Nova York com uma série de protestos na sede da ONU (Organização das Nações Unidas). O brasileiro abre hoje a Assembleia Geral das Nações Unidas com um discurso que promete também ser um ato de campanha eleitoral.
Durante a noite, o prédio da ONU foi iluminado com uma megaprojeção com a imagem do presidente brasileiro, e palavras como “vergonha brasileira”, “desgraça” e “mentiroso”. Os termos foram projetados em português e inglês e o ato foi realizado de maneira anônima.
Sob forte críticas internacionais, Bolsonaro enfrentará outros manifestantes pela cidade ao longo do dia, ainda que tenha também organizado suas próprias caravanas de apoiadores. Em seu primeiro ano de governo, o brasileiro foi obrigado a cancelar uma viagem à cidade norte-americana, depois que o então prefeito local deixou claro que ele não era bem-vindo.
Para os eventos desta terça-feira, o presidente brasileiro ainda terá encontros com líderes da extrema direita mundial e governos ultraconservadores.
Antes da fala de Bolsonaro, a reunião da ONU será aberta pelo secretário-geral da entidade, Antônio Guterres. Ele promete mandar mensagens que podem não agradar a líderes como o brasileiro.
“A solidariedade prevista na Carta das Nações Unidas está sendo devorada pelos ácidos do nacionalismo e do interesse próprio”, disse o português na semana passada, ao antecipar uma parcela de sua mensagem.
Segundo ele, essa solidariedade internacional está sendo minada “por um desprezo chocante pelos mais pobres e vulneráveis em nosso mundo, por políticos que jogam com os piores instintos das pessoas para obter ganhos partidários, por preconceitos, discriminação, desinformação e discursos de ódio que colocam as pessoas umas contra as outras”.

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