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Economia

Produção de orgânicos não consegue suprir demanda interna

Esse e outros dados foram publicados na revista científica “Desenvolvimento e Meio Ambiente”
Foto: Divulgação

Você sabia que mesmo em crescimento, a agricultura orgânica está presente em apenas 1,28% das propriedades rurais do país? Pois é, apesar do Brasil se destacar como um dos principais mercados agrícolas globais, a oferta de orgânicos ainda se mostra insuficiente para uma demanda que só cresce.

Esse e outros dados foram publicados na revista científica “Desenvolvimento e Meio Ambiente”. O trabalho foi feito por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Para se ter uma ideia, entre 2003 e 2017, as vendas de produtos orgânicos quadruplicaram neste intervalo. Já em 2023, a previsão é de que o mercado movimente R$ 7 bilhões, segundo a Organis. Entretanto, o nicho depende significativamente de importações, indicando que a produção nacional de orgânicos não atende totalmente à demanda.

Diante desse contexto, empresas de tecnologia surgem como alternativa para facilitar o acesso da população aos orgânicos. Uma dessas representantes é a Diferente, startup que entrega alimentos orgânicos em domicílio, e que atende mais de 50 cidades em São Paulo e algumas regiões do Paraná.

Segundo Eduardo Petrelli, CEO da Diferente, “a intenção é consolidar a Diferente como uma forte aliada do setor agrícola brasileiro e incentivar o modelo natural de produção para ampliar a oferta e viabilizar a melhora da produtividade dos pequenos produtores rurais. Com isso, conseguimos colaborar também no combate ao desperdício nessa etapa da cadeia”.

A empresa, fundada em 2022, começou sua jornada buscando produtores de alimentos orgânicos que atendessem aos rigorosos critérios de qualidade e poderiam ser certificados. No entanto, a situação mudou drasticamente, e agora a empresa apoia mais de 200 agricultores, que estão ativamente procurando a Diferente devido aos resultados impressionantes alcançados por meio dessa parceria. “Recebemos cada vez mais contatos de produtores interessados em colaborar conosco“, acrescenta Petrelli.

Além do incentivo à alimentação saudável, a startup liderada por Eduardo está empenhada ainda em combater o desperdício. Para isso, está utilizando uma IA proprietária, que consegue identificar as preferências dos consumidores e ajudar no planejamento de plantio de pequenos produtores rurais. Ou seja, impacto de ponta-a-ponta!

Curtiu essa sugestão? Se tiver interesse em conhecer mais sobre o propósito da Diferente, estou à disposição. Abaixo encaminho um breve resumo sobre a startup e o especialista mencionado.

Startup: Diferente, a maior foodtech focada no acesso a alimentos saudáveis na América Latina. A startup entrega na casa dos clientes itens orgânicos e frescos até 40% mais baratos em relação aos preços praticados em mercados, ao mesmo tempo que combatem o desperdício alimentar. Isso porque parte das cestas são compostas também por alimentos que são perfeitos para consumo, porém considerados “diferentes” demais para irem às gôndolas dos supermercados. Lançada no início de 2022, a foodtech já captou R$ 40 milhões e projeta forte expansão nacional nos próximos anos.

Especialista: Eduardo Petrelli. Antes de co-fundar a Diferente, o empreendedor foi um dos responsáveis pela criação do aplicativo James Delivery. além disso, liderou projetos no Grupo Pão de Açúcar, onde identificou o problema do desperdício de itens perecíveis nas gôndolas do varejo tradicional e se inspirou para criar a Diferente. É formado em Engenharia de Produção pela Universidade Católica do Paraná e pós-graduado em Business e Finance pela Universidade de Berkeley (EUA).

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