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Produção de açaí cresce 150% no Amazonas

Dados apontam que a produção anual saltou de 550,8 mil para aproximadamente 1,3 milhão de toneladas de frutos
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A produção de açaí no Amazonas cresceu cerca de 150% entre 2018 e 2024, segundo dados do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam). Esse avanço é atribuído ao trabalho de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), que impulsionou a cultura do fruto na região. O volume anual de produção saltou de 550,8 mil para 1,3 milhão de toneladas, acompanhado de um aumento de 173% nas áreas plantadas, que passaram de 4,3 mil para mais de 11 mil hectares.

Para fortalecer essa cadeia produtiva, o Idam criou, em 2019, o Projeto Prioritário (PP) do Açaí, voltado para o fortalecimento técnico de agricultores em 12 municípios com maior vocação para a cultura. Entre os contemplados estão Codajás, Borba, Coari, Manacapuru e Benjamin Constant. Em 2024, Tefé e Anamã também passaram a integrar o projeto, que visa ampliar a produção e a oferta do fruto nos mercados nacional e internacional.

O PP oferece capacitação técnica aos agricultores familiares, com foco em boas práticas de cultivo e manejo do açaí nativo. Segundo a coordenadora Anecilene Buzaglo, o projeto abrange duas espécies principais: a Euterpe oleracea (do Pará) e a Euterpe precatoria (do Amazonas). Unidades Demonstrativas de Cultivo com irrigação foram instaladas em municípios como Borba e Codajás para monitorar a produtividade das espécies.

Além da assistência técnica, os produtores recebem mudas produzidas em viveiros locais, com capacidade de até 60 mil unidades por ano. Já foram distribuídas mais de 200 mil mudas e cerca de 5,5 mil quilos de sementes das variedades BRS Pará e BRS Pai d’égua, por meio de parcerias com a Sepror, a ADS e o próprio Idam.

O açaí amazonense, além de nutritivo, se destaca por ter menor teor de gordura e, consequentemente, menos calorias do que o do Pará. Isso o torna ideal para quem busca os benefícios nutricionais da fruta, como antocianinas, ômega 6 e 9 e vitamina E. A partir dos anos 1990, o fruto começou a ganhar popularidade em outras regiões do país, além das comunidades indígenas e ribeirinhas da Amazônia.

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