“[A vítima] acabou revelando que um dos autores havia aberto uma conta na agência em que ele trabalhava, cerca de um mês antes. Foi feito esse levantamento, confirmado a autenticidade da documentação. O gerente confirmou que realmente esse segundo envolvido era um dos atores do sequestro. Também mostramos essa fotografia para esse primeiro autor preso, que também confirmou”, detalha Peró.
Na sequência, o delegado Pedro Cunha assumiu as investigações, que levam a crer que os autores, todos de Campo Grande, possuem ligação com quadrilha especializada no ‘cangaço digital’, com ramificações em São Paulo. A principal característica desse tipo de roubo é a captura de identidade digital de bancários para realizar transferências para contas dos envolvidos.
“Com isso, com essas informações, enquanto uma equipe terminava de lavrar, fazer os procedimentos referentes ao flagrante dos dois primeiros envolvidos, imediatamente uma outra equipe passou a realizar a diligência procurando levantar quem seria esse terceiro indivíduo, qualificá-lo, localizá-lo para que a gente pudesse também prender o flagrante. Então essas informações foram imediatamente repassadas por essa equipe, que fez uma escala de revezamento a cada 24 horas, com o objetivo de que não houvesse uma dissolução nas diligências de investigação, e assim a gente pudesse também prender o terceiro envolvido em flagrante. E assim foi feito”, complementa.
Até o momento, o gerente é tratado como vítima da quadrilha. No entanto, o Garras avalia possível participação do bancário em atividades ilícitas. Em uma das linhas de investigação, a polícia quer saber se o bancário chegou a tratar com os envolvidos sobre desvios de dinheiro, mas desistiu quando quiseram que ele entregasse o token, sua identidade digital, para efetuar as fraudes bancárias.

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