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Polícia: padre gravou abuso com adolescentes, forçou aborto e enterrou feto

Segundo a polícia, o padre está sendo investigado pela suposta prática dos crimes de filmar e produzir cenas de sexo explícito com adolescente, exploração sexual, aborto e ameaça.
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Divulgação

A Polícia Civil do Amazonas está investigando a suspeita de crimes sexuais cometidos por um padre do município de Coari (363 km de Manaus). No último domingo (18), o pároco Paulo Araújo da Silva, 31, foi preso em casa por ordem da Justiça.

No notebook dele havia mais de 260 vídeos com cenas de sexo, que estão sendo analisadas pelas autoridades. Ele ainda é suspeito de ameaçar e de obrigar uma adolescente que engravidou a praticar aborto, enterrando o feto após expelido no quintal da casa de um amigo.

Segundo a polícia, o padre está sendo investigado pela suposta prática dos crimes de filmar e produzir cenas de sexo explícito com adolescente, exploração sexual, aborto e ameaça. O UOL não localizou a defesa do sacerdote e por se tratar de um processo que envolve menores de idade, o caso não está no Tribunal de Justiça. Em caso de manifestação, o texto será atualizado.

A Diocese de Coari emitiu nota informando que afastou o padre, que ajuda as autoridades na investigação e pedindo perdão pelos supostos atos criminosos de Paulo. Segundo a página da Igreja, ele é natural da cidade e foi ordenado padre em novembro de 2018.

Segundo o delegado-adjunto da Polícia Civil do Amazonas, Guilherme Torres, a operação foi deflagrada após ordem de mandado de busca e apreensão e de prisão contra o padre. “Até agora, nós temos quatro vítimas ouvidas. São crimes graves”, cita ele, afirmando que a Igreja Católica no Amazonas colaborou com as investigações.

Nos depoimentos, as jovens citaram que, além de manter relações sexuais, o padre pedia para que ela trouxesse outras amigas e para que tivessem “relações sexuais em conjunto.” “A gente aproveita para pedir que outras vítimas procurem a delegacia para relatar casos”, disse.

O delegado José Barradas, da Delegacia Interativa de Polícia de Coari, explica que as investigações começaram após uma denúncia anônima pelo Disque 100, em setembro de 2023, de que uma adolescente de 17 anos seria vítima de exploração e ameaças do padre nos últimos três anos.

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Ela citou vários tipos de crimes: gravação de vídeos envolvendo menores, aborto, ameaça, violência doméstica. Em depoimento, essa menor narrou que desde os 14 anos tinha relação sexual com o padre.

Delegado José Barradas

No caso, a adolescente citou que, no ano passado, engravidou do padre, e ele o obrigou a abortar. O crime ocorreu com a participação de um amigo do padre, que levou um medicamento, e ela foi obrigada a ingerir. Esse amigo, identificado como Francisco Rayner, está sendo procurado, e a polícia publicou cartaz de busca com a foto dele.

Ela abortou, o feto foi expelido, e no quintal da casa do Francisco [amigo do padre], ele [padre] enterrou o feto. O fato foi constatado tanto por votos, como pelo depoimento da vítima.José Barradas

Com o padre, foram encontrados mais de 260 vídeos com cenas filmadas por ele praticando sexo com adolescentes e mulheres. O notebook foi apreendido e passa por perícia. Ele ainda tinha R$ 30 mil em casa. O dinheiro foi apreendido.

Outro detalhe: no momento do cumprimento do mandado de prisão, o padre estava tendo relações sexuais com uma jovem que tinha completado 18 anos recentemente.

 

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Segundo o delegado, Paulo ameaçava as vítimas.

O modus operandi do padre era obrigar as vítimas a ficarem com ele. Ele dizia assim: ‘você é minha; você me pertence; se você não ficar comigo, não ficará mais com ninguém.’
Delegado José Barradas

Diocese pede perdão
Em nota assinada pelo padre Josinaldo Placido da Silva, a Diocese de Coari manifestou “repúdio a toda forma de abuso e exploração.”

A Diocese de Coari manifesta sua solidariedade às vítimas e a suas famílias, colocando-se prontamente disponível para acompanhar a ajudar na superação dos traumas provocados pelos abusos cometidos pelo Padre Paulo Araújo da Silva.
Diocese de Coari

Ela afirma ainda que já tomou “todas as providências canônicas necessárias”, e o padre já foi afastado de suas funções na Igreja Católica. “A diocese se coloca em total disponibilidade para colaborar com as autoridades civis a fim de que se esclareçam os fatos”, relata

 

 

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