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Plínio Valério segue pressionando Marina Silva e cobra explicações sobre concessão de florestas no Rio Juma

Além disso, o senador defendeu a realização de uma audiência pública na região para garantir a participação direta das comunidades
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O senador Plínio Valério (PSDB-AM) intensificou as críticas à ministra Marina Silva e protocolou um pedido formal de informações ao Ministério do Meio Ambiente (MMA) sobre a legalidade do edital que prevê a concessão florestal de áreas ao longo do Rio Juma, entre os municípios amazonenses de Autazes e Careiro Castanho.

A iniciativa do parlamentar atende a denúncias de moradores locais, que relatam não terem sido consultados sobre o projeto. A região abriga cerca de 7 mil pessoas, cuja subsistência depende da pesca esportiva e da agricultura familiar. Segundo Plínio, o modelo de concessão aplicado ameaça a permanência dessas comunidades, como já ocorreu em outras áreas da Amazônia.

Pedido de explicações à Marina Silva

Plínio questiona a ausência de participação popular na fase de inventário florestal, além de solicitar dados sobre a licitação que contratou a empresa responsável pelo levantamento técnico da área. De acordo com ele, o trabalho está sendo realizado por um ex-funcionário do próprio MMA, que receberá R$ 350 mil para catalogar espécies de árvores e estimar o valor da floresta – tudo isso sem a consulta prévia às comunidades, conforme exige o edital.

“É uma aberração. Querem vender a floresta para sabe-se lá quem, sem ouvir quem vive lá há décadas. Isso é inaceitável”, declarou o senador.

Concessão florestal é incompatível com o bioma do Juma, diz senador

O senador defende que o modelo de concessão florestal proposto é incompatível com a realidade do Rio Juma, uma área de bioma sensível onde funcionam cerca de 60 pousadas voltadas à pesca esportiva. Segundo ele, atividades como manejo de madeira e crédito de carbono não são viáveis ou sustentáveis para a região.

“Estão fazendo o levantamento sem ouvir ninguém. É o mesmo modelo que tem levado à expulsão de produtores em outras partes do Amazonas. As pessoas preservam, e agora correm o risco de perder tudo”, alertou.

No pedido enviado ao MMA, o senador solicita:

  • Nome da empresa vencedora da licitação;

  • Critérios utilizados para a escolha;

  • Objeto exato do contrato;

  • Motivo da ausência de consulta aos moradores.

Além disso, Plínio defendeu a realização de uma audiência pública na região para garantir a participação direta das comunidades no debate sobre o futuro da floresta.

“As pessoas me alertaram. Pediram que eu ajudasse, e eu estou fazendo minha parte. Vamos cobrar transparência e respeito à população local”, finalizou.

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