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Plínio Valério denuncia cobrança de ‘taxa de pouca água’ no Amazonas

Segundo o senador, a "taxa de pouca água" será de US$ 5 mil por contêiner.
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Waldemir Barreto/Agência Senado

Em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (9), o senador Plínio Valério (PSDB-AM) alertou sobre os impactos de uma nova cobrança imposta por empresas de navegação que operam na Amazônia, devido à previsão de seca intensa na região. Plínio ressaltou que a medida impactará diretamente a competitividade dos produtos da Zona Franca de Manaus, prejudicando consumidores e a economia estadual.

O senador informou que a MSC, uma das principais empresas responsáveis pelo transporte fluvial na região, enviou notificações ao Polo Industrial de Manaus informando sobre a implementação da nova taxa, válida para todas as cargas, incluindo contêineres refrigerados e equipamentos especiais. Segundo o senador, a “taxa de pouca água” será de US$ 5 mil por contêiner.

― O que significa que o preço vai estar lá em cima e o consumidor na ponta vai ser prejudicado. Se estivéssemos falando de televisão, de celular, mas estamos falando de alimento e de medicação também. A empresa alega que é uma cobrança extraordinária e temporária, o que não significa que pode ser ainda mais elevada no futuro. Vale a partir de 1º de agosto, quando se sabe que as condições de navegação se tornarão ainda mais precárias que as atuais ― disse.

O parlamentar destacou que já havia alertado sobre a iminente seca no Amazonas, mencionando que as cobranças seriam inevitáveis. Ele criticou a justificativa dada pela MSC, que alegou monitorar o recuo das águas do Rio Amazonas e prever condições de navegação ainda mais difíceis. Devido a isso, ele voltou a defender a pavimentação da BR-319, a única rodovia que liga Manaus às demais cidades do Amazonas e ao estado de Roraima.

O senador criticou as ONGs ambientalistas que são contrárias à ideia de pavimentação da rodovia. Segundo ele, a estrada é essencial para garantir o abastecimento e o desenvolvimento econômico da região, além de reduzir a dependência do transporte fluvial.

― Falei ontem, falo hoje, vou falar amanhã. E falarei sempre. Não é obsessão. É necessidade. É redenção. É direito. Se a gente tiver a estrada pronta, trafegável, nós não vamos ter problema com medicação e abastecimento. Quando essas ONGs ambientalistas pregam para você que vão desmatar, é mentira, é cretinice, é hipocrisia. Se alguém neste país provar que a BR-319 derrubará uma única árvore para ser asfaltada, eu renuncio ao meu mandato ― enfatizou.

Agência Senado

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