A Polícia Federal realiza uma operação nesta terça-feira para combater o comércio ilegal de medicamentos emagrecedores em Maceió. A corporação investiga a venda de remédios compostos apenas por “produtos naturais” mas que continham substâncias proibidas que levam à anorexia.
Esses produtos não têm Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) por conter substâncias de uso controlado ou proibido. De acordo com a Polícia Federal, esses componentes foram apontados como causa da morte de uma mulher em São Paulo, na semana passada.
A vítima foi diagnosticada com hepatite fulminante após ingerir um produto composto por ervas e que fazia promessas de causar emagrecimento. Alguns dias depois, ela precisou de um transplante de fígado com urgência. A paciente chegou a conseguir a cirurgia, mas seu corpo rejeitou o órgão transplantado.
Os remédios que eram vendidos ilegalmente em Maceió informam na embalagem que contém extratos das plantas Calunga, Carqueja, Martelinho, Garfinea e Aloe Vera. Mas análises realizadas nos produtos – adquiridos pelos investigadores e encaminhados para a perícia – detectaram a presença das substâncias sibutramina, fluoxetina e furosemida.
A sibutramina é uma substância anorexígena capaz de causar dependência física e psíquica. A fluoxetina é um antidepressivo que pode ser vendido apenas com prescrição médica. Já a furosemida é um diurético.
A investigação teve início em 2020. Desde então, os policiais identificaram os comerciantes suspeitos, compraram os remédios e submeteram os produtos a testes. Nesta terça-feira, os agentes deflagraram a Operação Estrelar, na qual cumprem 11 mandados de busca e apreensão expedidos pela 2ª Vara Criminal da capital alagoana.
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