BRASÍLIA — A Polícia Federal concluiu que o ex-presidente Jair Bolsonaro apresenta hérnia inguinal bilateral e necessita de intervenção cirúrgica. O resultado da perícia médica foi encaminhado nesta sexta-feira (19) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com o laudo, trata-se de uma cirurgia eletiva, ou seja, sem caráter emergencial, em contraposição ao que havia sido alegado pela defesa do ex-presidente. Ainda assim, o relatório médico aponta que o procedimento deve ser realizado “o mais breve possível”.
A perícia também identificou que o quadro persistente de soluços apresentado por Bolsonaro decorre de um bloqueio do nervo frênico. Segundo os peritos, a condição pode se agravar e provocar distúrbios do sono e da alimentação, além de aumentar o risco de complicações relacionadas à hérnia.
Durante o exame, ainda conforme o relatório, o ex-presidente apresentou entre 30 e 40 soluços por minuto, sem períodos de remissão. Com a entrega do laudo à Suprema Corte, caberá agora ao ministro Alexandre de Moraes decidir sobre o momento adequado para a realização da cirurgia.
A defesa de Bolsonaro tem insistido na necessidade de tratamento médico e também solicitou ao STF a concessão de prisão domiciliar. Atualmente, o ex-presidente está detido em uma sala da Superintendência da Polícia Federal. A Corte avalia a possibilidade de transferência para a Penitenciária da Papuda, no Distrito Federal.
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