Connect with us

Hi, what are you looking for?

Manaus,

Manchete

Pelo menos 71 aldeias do Médio Rio Solimões não tem agentes indígenas de saúde; MPF apura

O procedimento terá prazo de um ano para ser concluído, e o MPF atuará para fiscalizar e cobrar medidas concretas que revertam essa situação
radis-259_reportagem_saudue-indigena_por-que-a-situacao-dos-yanomami-nao-mudou_2

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou, no dia 17 de junho de 2025, um procedimento administrativo para acompanhar e promover a regularização da ausência de Agentes Indígenas de Saúde (AIS) em 71 aldeias atendidas pelo Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Médio Rio Solimões. A medida visa garantir a presença desses profissionais fundamentais para a assistência básica à saúde das comunidades indígenas da região.

A portaria assinada pelo Procurador da República Guilherme Diego Rodrigues Leal destaca que a falta desses agentes configura uma irregularidade grave, que afeta diretamente a qualidade e a efetividade das políticas públicas voltadas aos povos originários. A ausência dos Agentes Indígenas de Saúde compromete não só o acesso a cuidados básicos, mas também a promoção da saúde preventiva e o respeito às especificidades culturais desses povos.

O procedimento terá prazo de um ano para ser concluído, e o MPF atuará para fiscalizar e cobrar medidas concretas que revertam essa situação. A portaria cita que a ação decorre de uma apuração iniciada em Tabatinga (AM), onde se constatou a ausência dos profissionais na aldeia Estação, e que o problema se estende a dezenas de outras comunidades indígenas da região.

A iniciativa do MPF ressalta, implicitamente, a demora e a ineficiência do governo federal em garantir o atendimento básico e fundamental aos povos indígenas, um direito previsto constitucionalmente. Em meio a constantes denúncias sobre a precarização dos serviços públicos e cortes orçamentários, a saúde indígena permanece fragilizada, refletindo a falta de prioridade do atual governo em proteger populações vulneráveis.

A sociedade civil e os órgãos de fiscalização acompanham atentos o desenrolar desse procedimento, na expectativa de que as medidas cobradas pelo Ministério Público se traduzam em respostas efetivas e na retomada do respeito aos direitos fundamentais das comunidades indígenas no Amazonas.

Clique para comentar

Envie seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *