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País atingiu recorde de produção de madeira em tora de florestas plantadas em 2022, mostra IBGE

Os dados são da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS) 2022, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Foto: Divulgação

 A produção brasileira de madeira em tora oriunda de florestas plantadas alcançou um recorde de 158,284 milhões de metros cúbicos em 2022, alta de 6,5% em relação ao ano anterior, somando R$ 15,758 bilhões em valor de produção, aumento de 16,2% em um ano.

Os dados são da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS) 2022, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A produção de madeira em tora para papel e celulose alcançou um ápice de 99,694 milhões de metros cúbicos. Já a produção de madeira em tora para outras finalidades somou 58,590 milhões de metros cúbicos.

O IBGE lembrou que o Brasil é o maior exportador mundial de celulose, com 19,8 milhões de toneladas exportadas em 2022.

Na silvicultura, a produção de madeira em tora para papel e celulose subiu 11,9% em relação a 2021, mas o valor de produção aumentou 25,5%, para R$ 9,1 bilhões. A quantidade de madeira em tora destinada a outras finalidades recuou 1,4%, enquanto o valor de produção aumentou 5,6%, para R$ 6,7 bilhões.

A produção de carvão vegetal teve uma elevação de 3,9% em 2022, mas o valor da produção teve uma expansão de 6,8%, para R$ 7,0 bilhões. No caso da lenha, a quantidade produzida subiu 2,3%, e o valor da produção saltou 33,4%, para R$ 3,5 bilhões.

No grupo de produtos não madeireiros da silvicultura, a resina diminuiu em 1,1% a quantidade produzida, mas aumentou em 0,8% o valor de produção. A casca de acácia-negra teve redução de 23,6% na quantidade produzida, mas aumento de 18,3% no valor da produção. As folhas de eucalipto apresentaram aumento de 2,4% na quantidade produzida, mas redução de 3,6% no valor da produção.

Valor de produção por região

Minas Gerais manteve o maior valor da produção da silvicultura, com R$ 7,5 bilhões, o que representa 27,3% do arrecadado pelo setor. O Paraná ficou no segundo lugar, com R$ 4,8 bilhões em valor de produção da silvicultura, alta de 2,4% ante 2021.

O município de General Carneiro, no Paraná, liderou o ranking municipal de valor da produção da silvicultura, com R$ 625,8 milhões em 2022, seguido por Telêmaco Borba, também no Paraná, com R$ 524,5 milhões, e João Pinheiro, em Minas Gerais, com R$ 497,5 milhões.

Florestas Plantadas

Em 2022, a área de florestas plantadas no País teve uma elevação de 0,1% em relação a 2021, o equivalente a 8,1 mil de hectares de cobertura a mais, totalizando 9,5 milhões de hectares distribuídos por 3.539 municípios.

Juntos, eucalipto e pinus foram responsáveis por 96% das áreas cultivadas com florestas plantadas para fins comerciais no País. As áreas de eucalipto somaram 7,3 milhões de hectares, enquanto as de pinus ocupavam 1,8 milhão de hectares.

Houve crescimento na área plantada no Centro-Oeste (5,5%) e Sudeste (0,4%), mas recuo no Sul (-1,1%).

A Região Sudeste tinha a maior área de florestas plantadas do País, com 3,6 milhões de hectares, enquanto o Sul detinha 3,0 milhões de hectares.

O Estado de Minas Gerais tem a maior área coberta com espécies florestais plantadas do País, com 2,1 milhões de hectares, crescimento de 0,3% em relação a 2021, extensão quase totalmente ocupada por eucalipto.

São Paulo detém a segunda maior área de florestas plantadas, com 1,2 milhão de hectares, com 80,8% deles ocupados por eucalipto. O Mato Grosso do Sul atingiu 1,2 milhão de hectares, um crescimento de 13,2% ante 2021, quase a totalidade com eucalipto.

Entre os dez municípios com as maiores florestas plantadas do Brasil, cinco estão em Mato Grosso do Sul, três em Minas Gerais, um no Rio Grande do Sul e um na Bahia. A liderança foi de Três Lagoas (MS), com 264,2 mil hectares plantados, alta de 11,3% ante 2021, o equivalente a 2,8% de participação nacional.

A segunda posição foi de Ribas do Rio Pardo (MS), com 251,3 mil hectares, aumento de 27,7% em relação ao ano anterior, e 2,7% de participação nacional. A terceira colocação foi de Brasilândia (MS), 134,1 mil hectares, alta de 6,6% em 2022, com uma fatia de 1,4% do total nacional.

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