O asteroide, que pode atingir a Terra no ano de 2182, passa por frequentes alterações em sua temperatura, o que tem causado rupturas em sua superfície. Entre as suas primeiras imagens, captadas nos anos 1990, e fotos mais recentes, é possível observar que o solo de Bennu está “craquelando”.
A descoberta foi realizada por pesquisadores da NASA a partir de imagens captadas pela missão da espaçonave OSIRIS-REx.
Ao perceberam diversas rachaduras na rocha, os pesquisadores perceberam que elas possuem um padrão longitudinal. A partir daí, perceberam que se trata de um fenômeno causado pelo Sol.
Estima-se que entre 10 mil e 100 mil anos, o asteroide pode deixar de existir por conta da erosão solar. No entanto, isso não altera muito a nossa relação com ele.
“Bennu é certamente o asteroide mais amplamente estudado do Sistema Solar”, afirma o cientista planetário Dante Lauretta, da Universidade do Arizona ao site da National Geographic. “Nós sabemos onde o asteroide estará daqui a 100 anos, em metros. Nenhum outro objeto no Sistema Solar possui esse nível de detalhamento no estudo de sua trajetória orbital – nem mesmo a Terra!”.
E mesmo sendo o objeto com o maior risco de atingir a Terra, isso dificilmente ocorrerá. Os cientistas estimam que existe 99,9% de chance de que Bennu não invada a atmosfera do nosso planeta nos próximos três séculos.
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