Diante da grave situação na saúde Yanomami, com crianças desnutridas, malária e avanço do garimpo ilegal em comunidades, o Ministério Público Federal em Roraima recomendou, nesta segunda-feira (15), que o Mistério da Saúde faça um plano de reestruturação da assistência básica que possa reverter o cenário. Foi dado um prazo de 90 dias para a reposta, e, caso ela não ocorra, foi sugerido intervenção.
A recomendação, editada em parceira com o MPF do Amazonas, cobra que esse plano contemple:
- reforço no quadro de funcionários que atuam dentro da reserva;
- logística aérea adequada para atender as comunidades;
- auditoria na contas do Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (Dsei-Y) e da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), ambos subordinados ao Ministério da Saúde, para identificar como o dinheiro está sendo usado.
O pedido ocorre após o Fantástico exibir, com exclusividade, imagens de crianças Yanomami doentes, desnutridas e sem atendimento médico em comunidades abandonas pelo poder público no meio da floresta amazônica. A reportagem passou duas semanas dentro da Terra Yanomami, a maior reserva indígena do Brasil, e constatou um cenário desolador.

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