O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) abriu um procedimento administrativo para monitorar a reforma das pontes que dão acesso à cidade de Manicoré, após o agravamento da situação com desabamentos ocorridos em 2022, que destruíram três pontes na BR-319. Esta rodovia é a única ligação terrestre entre Manaus e Manicoré, sendo crucial para o transporte de alimentos, água e medicamentos.
A falta de manutenção da BR-319 forçou a utilização do Rio Madeira como rota alternativa para o abastecimento da cidade. No entanto, a severa estiagem que afeta o Amazonas desde o dia 30 de setembro interrompeu o tráfego fluvial, impedindo a entrega de mantimentos, o que ameaça a segurança alimentar da população local.
Segundo o promotor de Justiça Venâncio Antônio Castilhos de Freitas Terra, a situação em Manicoré é preocupante. Ele ressaltou que o nível do Rio Madeira diminuiu a ponto de torná-lo inavegável, impossibilitando a chegada de balsas e grandes embarcações. Isso resultou na escassez de produtos em supermercados e farmácias, com prateleiras vazias e o início do racionamento de itens essenciais.
O objetivo do procedimento administrativo é garantir que o secretário estadual de infraestrutura forneça, em até 20 dias, informações detalhadas sobre a reforma da rodovia. A Promotoria também notificou o gabinete do prefeito de Manicoré, solicitando um relatório sobre as comunicações feitas ao Governo do Estado a respeito da situação precária da infraestrutura local.
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