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Morto em chacina no Paraguai é suspeito de ter delatado 14 membros do PCC

Morto no sábado com 31 tiros em Pedro Juan Caballero, no Paraguai, cidade que faz fronteira com Ponta Porã (MS), Osmar Vicente Álvarez Grance, 32, é apontado por policiais do país vizinho como o dono de uma lavanderia onde 14 ...

Morto no sábado com 31 tiros em Pedro Juan Caballero, no Paraguai, cidade que faz fronteira com Ponta Porã (MS), Osmar Vicente Álvarez Grance, 32, é apontado por policiais do país vizinho como o dono de uma lavanderia onde 14 integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) foram presos este ano.

Um dos detidos era Weslley Neres dos Santos, 35, o Bebezão, um dos chefes do PCC na região de fronteira dos dois países. A prisão do bando aconteceu em 23 de março deste ano, em uma operação conjunta entre a Polícia Federal do Brasil e agentes da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do Paraguai.

Além de Osmar foram mortas três estudantes de medicina que estavam com ele. São elas as brasileiras Kaline Reinoso de Oliveira, 22, e Rhannye Jamily Borges de Oliveira, 18, e a amiga Haylee Carolina Acevedo Yunis, 21, filha de Ronald Acevedo, governador de Amanbaí, no Paraguai.

Segundo policiais paraguaios, o alvo do ataque era Osmar, sobre quem recaía as suspeitas de ser informante da Senad e de ter delatado a reunião de Bebezão com outros brasileiros e paraguaios integrantes do PCC no galpão da lavanderia.

Um documento da Polícia Federal obtido pela coluna mostra que denúncias de um informante indicavam que Bebezão havia assumido o posto de chefe do PCC na região de fronteira após a prisão do parceiro Giovanni Barbosa da Silva, 29, o Koringa, detido em janeiro deste ano.

A documentação mostra ainda uma foto com os 14 integrantes do PCC presos na lavanderia. No local foram apreendidos armas, munição, dinheiro e diversos telefones celulares. As suspeitas de policiais paraguaios é a de que o informante era Osmar.

Junto com Bebezão foram presos os brasileiros Maxuel Rodrigues Andrade, 36; Bruno César Pereira Bernardo, o Talibá, 33; Alfredo Gimenez Larrea, 42; Bruno Rafael Porto de Oliveira, 33; e Willian Meira do Nascimento, 49, o Bruxo.Os outros oito presos eram paraguaios

Bruxo conseguiu a liberdade, mas acabou preso novamente, na região de fronteira, no último 3. Ele é apontado como suspeito de ter participado do violento ataque a bancos, com explosivos, na cidade de Araçatuba, em 30 de agosto deste ano. A ação deixou dois inocentes mortos.

De acordo com as forças de segurança do Brasil e do Paraguai, 15 pessoas foram mortas nas duas últimas semanas na fronteira, considerada rota do tráfico de drogas e armas. A disputa pelo controle do território entre o PCC e o CV (Comando Vermelho) do Rio de Janeiro acirrou a violência na região.

O conflito entre as duas facções criminosas brasileiras se intensificou após a morte do narcotraficante Jorge Rafaat Toumani, 56, conhecido como o “rei da fronteira”. Ele foi assassinado a tiros durante emboscada, em junho de 2016, em Pedro Juan Caballero.

Aliado do PCC, Jarvis Chimenes Pavão, foi acusado de ter tramado com a facção criminosa paulista a morte do “rei da fronteira”. Tido como sucessor de Rafaat, Sérgio Arruda Quintiliano Neto, o Minotauro, assumiu a liderança do tráfico de drogas na região.

Minotauro foi preso em fevereiro de 2018 em um condomínio de luxo no Balneário Camboriú, Santa Catarina. O narcotraficante, também ligado ao PCC, foi condenado a 40 anos de prisão e cumpre pena em uma penitenciária federal.

Fonte: UOL

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