Siga nas Redes Sociais

Olá, o que procuras?

Manaus,

Manchete

Moradores do Amazonas sofrem com a pior seca do Rio Solimões

Na principal passagem pelo Rio Solimões de acesso a Benjamin Constant, é comum o rio secar durante a vazante.
seca-no-solimoes-amazonas
Foto: Defesa Civil/AM

A seca do Rio Solimões, no Amazonas, mudou a vida de uma cidade a mais de mil quilômetros de Manaus.

Benjamin Constant fica no extremo oeste do Amazonas e faz fronteira com o Peru. Tudo que entra e sai da cidade passa pelos rios, e todos eles estão com os níveis muito baixos. Lá, é na enxada que os ribeirinhos tentam abrir caminho para as pequenas canoas. Tem sido assim em vários trechos, onde os bancos de areia só crescem.

Na principal passagem pelo Rio Solimões de acesso a Benjamin Constant, é comum o rio secar durante a vazante. Só que, desta vez, as águas praticamente desapareceram bem antes do previsto, e em julho já não era mais possível navegar por lá. E o pior: o rio segue secando, e de acordo com a Defesa Civil do município, não há previsão de quando as águas vão subir novamente.

O outro canal do Rio Solimões, que ainda segue navegável, já apresenta risco de secar. Se isso ocorrer, Benjamin ficará isolada do polo econômico mais próximo, a cidade de Tabatinga. O Solimões enfrenta a pior seca em 42 anos.

Mais de um terço da população de Benjamin sofre com problemas relacionados à estiagem. Mas toda a cidade acaba afetada. As passagens de barco e mercadorias já subiram de preço.

Uma comunidade pesqueira, onde moram mais de 20 famílias, é uma das 26 comunidades isoladas. Ela existe há 40 anos e agora a prefeitura vai perfurar um pouco para atender os moradores e garantir o abastecimento. Odinei Barbosa caminhou 3 km com o material de construção do poço, por onde antes tinha rio para ajudar na costrução.

“Tivemos que pegar duas canoa, passar o material para uma e depois passar para outro. E essa luta que para carregar, é mais ou menos essa distância aí que eu falei”, diz o presidente da comunidade pesqueira.

Em Rio Branco, no estado vizinho, o nível do Rio Acre chegou a 1,27 m, o nível mais baixo de 2024. Se recuar mais dois centímetros, vai atingir a menor marca já registrada.

Clique para comentar

Envie seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *