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Ministério Público encaminha denúncias contra influenciadores no Amazonas

Os denunciados integravam organização criminosa estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas
Foto: Reprodução

O Ministério Público do Amazonas (MPAM) encaminhou nesta quarta-feira, 20, denúncias contra os influenciadores digitais presos em investigação que apura fraudes em rifas ilegais em Manaus.

No Processo nº.: 0496778-73.2023.8.04.0001, o promotor de Justiça Carlos Fábio Braga Monteiro encaminhou as denúncias contra João Lucas Da Silva Alves (“Picolé”), Enzo Felipe da Silva Oliveira (“Mano Queixo”), Flávia Ketlen Matos da Silva, Isabelly Aurora Simplício Souza, Aynara Ramilly Oliveira da Silva, Paulo Victor Monteiro Bastos, Isabel Cristina Lopes Simplício e Marcos Vinícius Alves Maquiné.

De acordo com o processo, consta nos autos de inquérito policial, parte integrante desta denúncia independentemente de transcrição, que os denunciados integravam organização criminosa estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, com destaque para as vantagens pecuniárias, mediante a prática de infrações penais, especialmente de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e estelionato, crimes cujas penas máximas são superiores a quatro anos.

De acordo com o MP, Lucas e Isabelly são os mandantes da organização criminosa. “Atuam como influenciadores digitais com grande número de seguidores e eram os responsáveis por promover as rifas com prêmios mais vultosos, incluindo carros, motocicletas e motos aquáticas”, diz parte do documento.

Conforme o procurador de Justiça, os influenciadores frequentavam juntos eventos de carros e festas, incluindo terem ido para uma reunião com Bruno Aleksander (“Buzeira”) que foi alvo de operação policial pelo cometimento de crimes semelhantes aos ora denunciados.

“Ademais, compartilhavam contatos e meios de atuação no ramo criminoso, como o contato do responsável pelo site que hospedava as rifas”, disse o promotor.

Segundo o promotor, o dinheiro proveniente dessas rifas foi utilizado por Isabelly para a compra de veículos em nome de Isabel e Paulo Vitor, que participavam da lavagem de capital.

“Lucas e Enzo atuavam em conjunto com a organização das rifas e entrega dos prêmios, sendo uníssono pelos ganhadores que era Enzo quem tratava com eles sobre a transferência dos bens. Por sua vez Enzo e Aynara (companheira de Lucas) promoviam rifas em seus próprios perfis. Ademais Enzo (“Mano Queixo”) manteve contato com Paulo Vítor pedindo que Isabelly fornecesse um IphonE para uma rifa promovida por Aynara”, diz parte do documento.

Outra parte do documento diz que, tanto Isabelly e Lucas quanto Aynara e Enzo utilizavam a mesma plataforma para realizar as rifas, tendo sido compartilhado o contato do responsável pela plataforma entre eles.

“Para dissimular a origem e a propriedade do dinheiro, Lucas recebia o pagamento de bilhetes das rifas na conta de Marcos, configurando a lavagem de capitais”, afirma outra parte do documento.

Ainda conforme o MP, Lucas ainda era proprietário da loja Lucca Conceito, de onde Flávia, por sua vez, era a administradora. A referida loja vendia produtos falsificados e não fornecia nota fiscal aos compradores. Ademais Flavia atuava na lavagem de dinheiro, emprestando seu nome para que Lucas comprasse veículos e dissimulasse a propriedade.

“Percebe-se que Isabelly E Lucas eram os principais realizadores das rifas e que a partir deles os demais exercem outras funções dentro da organização criminosa relacionadas precipuamente à lavagem do dinheiro”, afirma outra parte do documento.

Veja o documento completo aqui.

 

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