O PL vai contratar a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro no cargo de presidente do “PL Mulher”. A intenção, de acordo com membros do partido, é que ela e Walter Braga Netto, candidato a vice-presidente de Jair Bolsonaro em 2022, façam viagens pelo Brasil preparando o terreno para o lançamento de candidaturas a prefeito em 2024.
Para a função, a ex-primeira-dama vai receber o mesmo salário de um deputado federal (R$ 33.763), mas o pagamento só começará a ser feito depois de março, se o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), autorizar um novo desbloqueio parcial das contas.
Moraes determinou em dezembro o desbloqueio de R$ 1,155 milhão do PL para o pagamento dos funcionários. O bloqueio das contas da sigla foi decidido por Moraes em novembro para o pagamento de uma multa de R$ 22,9 milhões por questionar o resultado da eleição presidencial.
A decisão foi tomada após o PL pedir uma verificação do resultado do segundo turno nas eleições sem apontar fraudes.
Mamata familiar
Bolsonaro também receberá salário de R$ 39 mil do PL, além de ter um gabinete na sede do partido em Brasília. O salário, no entanto, só virá após o desbloqueio e quando Bolsonaro voltar dos EUA.
A estratégia de preservar a marca Bolsonaro foi desenhada no momento em que o presidente do PL tenta, em outra frente, preservar a ala do partido que defende o apoio ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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