A Meta, proprietária do Facebook, Whatsapp e Instagram, anunciou hoje que implantará um centro de operações para analisar conteúdos publicados nas redes sociais sobre as eleições brasileiras, que ocorrerão em outubro deste ano.
Segundo informações do jornal O Globo e do site Poder360, em coletiva de imprensa, a Meta informou que o centro de operações contará com profissionais de tecnologia do Brasil e dos Estados Unidos. Eles trabalharão com o apoio de ferramentas de inteligência artificial de modo a combater “comportamentos inautênticos coordenados”.
Debs Delbart, gerente de Programas de Resposta Estratégica da Meta América Latina, esclareceu que a iniciativa visa remover rapidamente conteúdos falsos ou que vão contra as políticas das redes.
“Reunimos especialistas em diversas áreas no Brasil e no exterior para monitorar em tempo real as eleições e conteúdos em nossas plataformas garantindo a remoção rápida de conteúdos nocivos ou que violam as nossas políticas e regras”, informou.
“Queremos garantir uma resposta rápida a qualquer momento emergencial que possa vir a acontecer.”
A empresa já havia testado o centro de operações nas eleições de 2018 e 2020, mas explicou que este ano a iniciativa será reforçada e funcionará nos dois turnos das eleições. Apesar do anúncio, a Meta não comunicou o início das operações do centro e o total de pessoas envolvidas no projeto.
TSE e Spotify também fecham acordo
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Spotify anunciaram nesta quinta-feira um acordo de colaboração mútua para combater a desinformação, visando o período eleitoral.
O Spotify vai atuar por meio “da promoção de conteúdos confiáveis, alfabetização midiática e capacitação, bem como de identificação e contenção de casos e práticas de disseminação da desinformação”, segundo nota pública no site do órgão federal.
De acordo com o acordo, assinado pelas partes na segunda-feira, será disponibilizado um canal de comunicação para denúncia de conteúdos a serem analisados de acordo com as regras do Spotify. O TSE e os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) poderão usar esse meio para enviar ordens judiciais, diz a nota.
A plataforma de streaming de áudio vai disponibilizar também um recurso online que servirá como centro para informações relevantes sobre o processo eleitoral, incluindo um link para direcionar usuários para a página oficial do TSE na internet e materiais sobre serviços da justiça eleitoral, diz o comunicado.
Desde o ano passado, o TSE tem adotado uma série de medidas com o objetivo de combater a disseminação de informações falsas e que possam comprometer as eleições deste ano.
O órgão já assinou memorandos de entendimento para fazer frente a eventual desinformação na disputa eleitoral com plataformas incluindo Facebook, WhatsApp e Instagram, Google, Twitter e TikTok.
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