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Economia

Mercado vê inflação abaixo de 6% em 2022

Analistas ouvidos pelo BC também esperam economia mais forte neste ano e em 2024
Foto: Divulgação
Os analistas do mercado financeiro ouvidos todas as semanas pelo Banco Central (BC) voltaram a reduzir as suas projeções para a inflação neste ano e em 2023, enquanto aumentaram a expectativa para a economia em 2024, segundo dados publicados no Boletim Focus nesta segunda-feira (26).

Os especialistas agora esperam que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) encerre este ano com alta de 5,88%, ante 6% na semana passada. Para 2023, a expectativa foi reduzida para 5%, contra 5,01% na edição anterior. Já para 2024, as projeções foram mantidas em 3,5%.

Esta foi a primeira publicação do Focus após o Copom (Comitê de Política Monetária) indicar o fim do ciclo de alta dos juros ao manter a Selic em 13,75% ao ano, na semana passada. Mais detalhes sobre a expectativa de extensão dos juros em patamares elevados devem ser expostos na ata da reunião que será publicada nesta terça-feira (27).

Para a alta do PIB (Produto Interno Bruto), os analistas acreditam agora em uma alta de 2,67%, levemente acima da expectativa de 2,65% na semana passada. Para 2023, a previsão se manteve em 0,5%, enquanto para 2024 a projeção passou para 1,75%, contra 1,7% há uma semana.

As projeções para a taxa de câmbio neste ano e no próximo foram mantidas em R$ 5,20 por dólar.

Os analistas do mercado também mantiveram a expectativa de encerramento da taxa básica de juros em 2022 no atual patamar de 13,75%. Para 2023, as expectativas também ficaram congeladas em 11,25%.

O que é a pesquisa Focus?

O Boletim Focus é uma publicação divulgada todas as segundas-feiras pelo Banco Central às 8h25, contendo um resumo das expectativas de mercado a respeito dos principais indicadores da economia brasileira, como taxa de juros básica, inflação, câmbio e juros.

O relatório apresenta resultados de uma pesquisa feita diariamente com as previsões de bancos, gestoras de recursos e corretoras, entre outros participantes do mercado, e faz parte do arcabouço da política monetária. O objetivo é monitorar a evolução das expectativas do mercado para as principais variáveis macroeconômicas, dando assim elementos ao Banco Central para decidir sobre a taxa básica da economia, a Selic.

O levantamento foi criado em 1999 como parte da transição brasileira para o regime de metas de inflação, no qual o BC se compromete a atuar para garantir que a variação de preços medida pelo IPCA esteja em linha com um objetivo pré-estabelecido.

Um dos propósitos do BC é exatamente ancorar (ou guiar) as expectativas do mercado financeiro. A razão para isso é que, quanto mais previsíveis forem as condições macroeconômicas de um país, menores tendem a ser as contrapartidas pedidas pelos investidores.

 

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