Da Redação
Durante interrogatório na Justiça Federal do Amazonas, o ex-governador José Melo (Pros) chorou e disse que “não conhecia” o médico Mouhamad Moustafa, preso pela Polícia Federal (PF), por liderar uma organização criminosa que desviou milhões da saúde do Amazonas.
Melo disse que nunca encontrou pessoalmente o médico Mouhamad Moustafa. “Nunca esteve no meu gabinete. Nunca apertei a mão dele. Não tinha relação estreita com ele. Não tenho nada a esconder. Não sou chefe de quadrilha”, declarou o ex-governador aos prantos.
Em seu depoimento, Melo disse que não fez nada de errado em seu governo. “A única coisa que eu fiz foi zelar pelo bem público. Perdi todo meu capital político para organizar o governo. Sou inocente”, disse o ex-governador.
O ex-governador disse que se esforçou para fazer cortes de gastos, mas com isso, perdeu a popularidade. José Melo disse, ainda, que em reunião para tratar sobre os cortes de gastos, ficou sabendo dos contratos elevados de Mouhamad com o estado, mas, negou que tenha favorecido o médico.
Melo declarou que após assumir o comando do governo, resolveu manter os programas deixados na gestão de Omar Aziz (PSD), e manteve ainda, os comandos nas secretarias.
Interrogatório
Os interrogatórios do ex-governador José Melo (Pros) e a ex-primeira-dama do Estado, Edilene Gomes, foram marcados pela decisão da juíza federal Ana Paula Serizawa, titular da 4ª Vara da Justiça Federal do Amazonas.
Além de Melo e Edilene, Ana Paula Serizawa ouviu o ex-secretário de administração e irmão de Melo, Evandro Melo, o ex-secretário da Fazenda Afonso Lobo, os ex-secretários da saúde Wilson Alecrim e Pedro Elias, Ana Claudia da Silveira Gomes e Keytiane Evangelista.
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